domingo, 4 de setembro de 2011

Falta de servidores é o problema mais crítico das extensões da UEM

Além do campus-sede, a Universidade Estadual de Maringá (UEM)
conta com extensões em seis municípios do Paraná, onde 3,8 mil alunos têm aulas em cursos de graduação presenciais e a distância. Nesses locais, a qualidade de ensino é garantida pelo esforço de professores e servidores sobrecarregados devido à defasagem no quadro de recursos humanos.
A reportagem de O Diário percorreu mais de 700 km pelo norte e centro do Paraná, para conhecer a realidade dos campi regionais da UEM. Perguntados sobre qual a maior demanda das extensões, alunos, servidores e professores são unânimes: o governo estadual precisa contratar mais e investir em infraestrutura.
Levantamento feito pelos diretores das extensões mostra que existem 164 servidores lotados nos campi regionais. Com a implantação de novos cursos e a reposição de servidores falecidos, aposentados ou demitidos, a necessidade é de 266 funcionários. No quadro atual, as extensões operam com 61% do efetivo necessário.
Os diretores regionais decidiram bater na porta do governo para exigir mais recursos e pessoal. Está marcada para 19 de setembro, na sede da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), uma reunião entre os diretores e o secretário Alípio Leal. Para o encontro, foi preparado um dossiê sobre a situação de cada unidade.
O campus de Cidade Gaúcha (a 143 km de Maringá) precisa aumentar o quadro de servidores em 70%. A unidade, conhecida como Campus do Arenito, tem apenas três zeladores para limpar e manter um espaço de 460 mil metros quadrados, com cinco blocos.
Dos 35 laboratórios do Campus Fazenda de Umuarama (a 173 km de Maringá), apenas 10 possuem técnicos. No Campus Tecnológico de Umuarama, a manutenção do espaço só é garantida porque os funcionários fazem hora extra.
A reunião em Curitiba foi marcada pelo deputado federal Osmar Serraglio (PMDB), que vai acompanhar os diretores dos campi. Ele afirma que foi a falta de investimento federal que causou o problema.
"O Paraná é o Estado que mais gasta com educação, com seis universidades estaduais. Não houve investimento federal e o governo local teve que agir", analisa Serraglio, vice-líder do governo e integrante das comissões da Educação e Constituição e Justiça na Câmara dos Deputados.
Minas Gerais tem 13 universidade e institutos federais de educação, enquanto o Paraná tem a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e as unidades da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Os parlamentares paranaenses colocaram expressivos recursos em emenda de bancada, mas a verba está retida pelo governo federal, que reluta em liberar as emendas. "Tínhamos previsto até recursos para o Hospital Universitário da UEM, mas o governo federal não liberou ainda", destaca Serraglio, que tem base eleitoral em Umuarama.
Na reunião de 19 de setembro, ele defende a criação dos cursos de Direito, Economia, Ciências Contábeis e Administração em Umuarama, além da defesa dos demais campi regionais.
A reportagem entrou em contato com a Seti, para saber quais são as estratégias para contratação e ampliação de recursos, mas até o fechamento desta edição, não houve retorno da secretaria.
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