Neto negou a autoria do crime, mas confessou ter molestado outras duas filhas quando elas ainda eram crianças. Uma das meninas morreu há 20 anos. A outra, atualmente com 21 anos, confirmou os abusos.
Responsável pela prisão, o delegado Antonio Brandão Neto, titular da Delegacia de Floresta, explicou que auxiliar de serviços começou a ser investigado no início desta semana, depois de o Conselho Tutelar ser alertado sobre um vídeo postado na Internet que mostrava cenas de sexo entre uma estudante de 15 anos e dois colegas de escola. Chamada para explicar o conteúdo do vídeo, a garota não apenas confirmou ter mantido relações sexuais consentidas com os meninos, como revelou já ter sido molestada pelo próprio pai.
De acordo com a menina, os abusos dentro de casa começaram quando ela tinha apenas 7 anos e se estenderam até o ano retrasado, quando surgiu uma suspeita de gravidez. Segundo ela, uma vizinha a teria ajudado a abortar e, desde então, o pai parou de importuná-la. A garota disse, ainda, ter conhecimento de que outras duas irmãs, uma delas já falecida, e outra atualmente com 21 anos, também teriam sido molestadas pelo pai.
Chamada a depor, a filha mais velha confirmou que os abusos iniciaram quando ela tinha apenas 4 anos e se estenderam por 6 anos consecutivos. Atualmente casada, ela não soube explicar os motivos que a levaram a guardar segredo durante tanto tempo. A polícia descobriu que a mãe tinha conhecimento do crime, mas também manteve silêncio até mesmo dos parentes mais próximos.
Confissão
Preso em casa, Cunha Neto negou a denúncia feita pela filha de 15 anos, mas admitiu ter molestado outras duas filhas. Segundo ele, uma das meninas tinha apenas 4 anos quando sofreu o primeiro abuso, que se estendeu por um ano.
A menina, segundo ele, morreu de meningite no início da década de 90, após completar 5 anos. Ele também confirmou ter abusado da filha mais velha, mas frisou que apenas alisava seu corpo. "Minha mulher me flagrou uma noite mexendo com a menina, mas não disse nada, sequer reclamou", disse .
Para tentar justificar os crimes, Cunha Neto alegou ter um desejo incontrolável por sexo, ao ponto de usar calcinha e sutiã para manter-se excitado. "Já cheguei a dormir com a minha esposa usando roupas íntimas. Ela não reclamou", disse ele, rindo, à reportagem de O Diário.
Informalmente, o suspeito admitiu que sua perversão teria tido início durante o período que ficou preso no presídio do Carandiru, em São Paulo (SP), na década de 70. "Cumpri pena por roubo, receptação e tráfico", disse.
A Polícia Civil confirmou ter apreendido um computador e uma boneca na casa do acusado. O homem confirmou que usava o computador para acessar material pornográfico. Sobre a boneca, contou que a usava para manter relações sexuais. Um investigador disse que a boneca apresentava uma perfuração na região da genitália.
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