Wilson Pedrosa/AE
"Dilma e Palocci durante participação do Rio+20 em Brasília nesta tarde"
BRASÍLIA - O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, entregou na tarde de hoje carta à presidente Dilma Rousseff solicitando o seu afastamento do cargo. A informação foi repassada pela assessoria de imprensa da Casa Civil. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que esteve reunida com a presidente, vai substituí-lo na pasta. A posse será amanhã, às 16h, segundo informações do Palácio do Planalto.
'O ministro considera que a robusta manifestação do procurador-geral da República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta. Considera, entretanto, que a continuidade de embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, decidiu solicitar seu afastamento', informa a nota divulgada pela assessoria da Casa Civil.
Em nota, a Presidência da República confirmou a saída de 'tão importante colaborador' assim como o convite para a senadora Gleisi assumir o cargo. 'A presidente destacou a valiosa participação de Antonio Palocci em seu governo e agradece os inestimáveis serviços que prestou ao governo e ao país', completa o texto.
Fontes do Planalto disseram que não há expectativa de novas mudanças no quadro ministerial. Segundo essas fontes, a presidente espera que a polêmica em torno do caso Palocci acabe até porque está convencida de que teve muita politização. 'Dilma Rousseff acredita que Gleisi tem tido atuação importante no Senado e vai ajudá-la na questão da coordenação política', afirmaram as fontes.
Deputado federal entre os anos de 2006-2010, Antonio Palocci não voltará à Câmara dos Deputados. Ele não concorreu às eleições no ano passado para coordenar a campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. Palocci foi a primeira baixa entre os ministros do governo Dilma. Ele assumiu o cargo em 1º de janeiro deste ano e ficou 158 dias no cargo.
Arquivamento. Nesta segunda, o Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, anunciou o arquivamento de representação que pedia abertura de investigação sobre Palocci, que aumentou seu patrimônio em 20 vezes desde 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário