quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Miss Angola vence o Miss Universo; brasileira fica em terceiro

AFP 
Leila Lopes recebeu a coroa de Ximena Navarrete
Na noite desta segunda-feira, 12, ocorreu a 60.ª edição do Miss Universo, concurso realizado pela primeira vez no Brasil. Aos 25 anos, a angolana Leila Lopes conquistou o título de mulher mais bonita do mundo. Olesya Stefanko, da Ucrânia, ficou em segundo lugar, e a brasileira Priscila Machado, em terceiro.
Leila Lopes foi a primeira angolana a vencer o Miss Universo, e recebeu a coroa de sua antecessora, a mexicana Ximena Navarrete. Durante o concurso, as candidatas desfilaram de biquíni enquanto Claudia Leitte cantava a música “Locomotion Batucada”. Já durante a exibição dos trajes de gala, Bebel Gilberto cantou “Close Your Eyes”. O júri foi composto por celebridades como a modelo Isabeli Fontana, as atrizes Vivica Fox e Adrienne Maloof e o piloto de Formula Indy Helio Castroneves.
A Miss Universo conquistou a todos com sua simpatia e seu sorriso, e disse que estava muito orgulhosa com o título e feliz pelo carinho recebido do povo brasileiro e angolano. “Como Miss Angola eu já fazia trabalhos sociais com crianças, pessoas doentes e idosos. Meu país precisa da minha voz e como Miss Universo espero fazer mais”, afirmou.
Confira a galeria de fotos do Miss Universo
AFP 
Priscila Machado terminou o concurso em terceiro lugar

Vera Fischer quer permanecer internada para ficar em paz

AgNews 
Vera Fischer está descansando antes de voltar à normalidade
Vera Fischer está internada desde o dia 26 de julho em uma clínica de reabilitação. De acordo com a UOL, entretanto, a atriz recebeu alta no dia 30 de agosto, mas preferiu continuar internada "para ter paz".
Uma amiga contou que na clínica, Vera não recebe cobranças, lê muitos livros e assiste vários filmes de todas as épocas. "É o passatempo preferido da Vera, que ainda tem a companhia dos enfermeiros, para assistir aos filmes. Ela só precisa de paz", comentou.
A mesma fonte ainda disse que quanto mais tempo ela permanecer internada, melhor é para sua recuperação, já que nas ruas existem muitas pessoas mal intencionadas que podem provocar recaídas. "Tem gente que gosta de se beneficiar da fraqueza das pessoas", afirmou.

Prevaleceu a vontade do povo

Na votação que vinha sendo tratada como a mais importante da história do Legislativo maringaense, a Câmara Municipal fez valer a vontade do povo. Na sessão ordinária de ontem, as propostas que alteravam o número de vereadores foram rejeitadas. Com isso, a cidade continua com 15 parlamentares na próxima Legislatura.
A decisão não foi unânime. Às 17h52, quando o número de cadeiras entrou em votação, seis vereadores disseram sim à emenda modificativa que previa redução para 9 assentos no Legislativo, com subsídio de um salário mínimo. Contudo, eram necessários dez votos para a proposta ser aprovada.

Em seguida, a emenda modificativa que aumentava para 23 o número de vereadores recebeu apenas três votos favoráveis. Estranhamente, Marly Silva (DEM), que fez uso dos dez minutos regimentais para defender a proposta, na tribuna, votou contra a proposta.
Rejeitadas as duas emendas modificativas, foi apreciado o texto original da proposta de emenda à Lei Orgânica, que previa o aumento para 21 cadeiras. Foram apenas quatro votos favoráveis – novamente sem o apoio de Marly – e 11 contrários. Wellington Andrade (PRP), que havia firmado o compromisso com o partido de votar em 21, votou contra o aumento.
"Fica garantida, portanto, a permanência das 15 cadeiras para a próxima Legislatura", declarou o presidente da Casa, Mário Hossokawa (PMDB), enquanto o público presente comemorava efusivamente o resultado da votação.
Rafael Silva
Auditório da Câmara lotou; entidades comemoraram resultado

Na tribunaCom o plenário lotado, a votação foi tranquila, sem tumultos, mas no uso da tribuna – antes da votação – alguns vereadores se exaltaram. Após ouvir de Zebrão (PP) que ter qualidade não é ter diploma de médico ou advogado, Paulo Soni (PSB), que é pediatra, partiu para o ataque.
"Outro vereador disse que a Câmara não precisa de médico, advogado, engenheiro aqui dentro. Tudo bem, vamos ter só burro aqui dentro então", disparou.
A frase mais pesada, porém, partiu de Marly em crítica a vereadores da base do governo Silvio Barros (PP). "Essa Casa às vezes é como um animal velado, de quatro, pronta para ser conduzida pelo Executivo. São esses vereadores que a sociedade não quer".
A declaração de Marly causou indignação em alguns vereadores e a resposta mais agressiva veio de Hossokawa, já após a votação. "Já disse uma vez aqui e repito que a senhora tem de pendurar uma melancia no pescoço, que aí aparece mais".
Os oito vereadores que subiram à tribuna gastaram quase 80 minutos em argumentos contra ou a favor do aumento de cadeiras. As votações, em si, não levaram mais de três minutos.
Saiba mais

Ao vivo
A Rádio Cultura 1.390 AM acompanhou a sessão direto do plenário da Câmara. Os discursos dos vereadores e a votação dos projetos foram transmitidos ao vivo, sob o comando do jornalista Edson Lima
O que disseram os vereadores no uso da tribuna
Mário Verri (PT)
"Nossa cidade tem mais de 350
mil habitantes e tem condições
de ter mais vereadores.
Precisamos aumentar para ter
mais representatividade"
Zebrão (PP)
"Era a favor de 21, mas escutei
a comunidade, voltei atrás e
agora estou junto com o povo.
Sou contra o aumento de
vereadores e do salário. É isso
que o povo quer"
Flávio Vicente (PSDB)
"Tenho várias razões para
defender 15: vontade da
população; a Casa com 15 fez
muito; representatividade e
economia"
John Alves (PMDB)
"Não há como falar em
democracia sem considerar que
a Constituição coloca que essa
Casa deve ter no máximo 23 e
no mínimo 21"
Manoel Sobrinho (PC do B)
"Defendo 23 porque o foco dessa
discussão está errado. Estão
passando para a população que
é diminuindo [vereadores] que
se economiza"
Marly Silva (DEM)
"Quando defendemos 23 ou 21
é porque consta da Constituição.
Com mais vagas talvez entrasse
gente [vereadores] que vocês
[população] querem, com
caráter"
Humberto Henrique (PT)
"Meu mandato é participativo e
temos procurado um diálogo
com a sociedade. Estou tranquilo
para vir aqui defender a
permanência em 15"
Paulo Soni (PSB)
"Ter 21 vereadores seria bom
para Maringá, mas sou a favor
de 15 porque agora não é o
momento de ter 21. A população
clama por 15 vereador

Duplicidade sobre o PAS gera queixas de alunos

Uma duplicidade no site da Universidade Estadual de Maringá (UEM) gerou protestos entre alunos de um colégio de Maringá, que pedem revisão das regras do Processo de Avaliação Seriada (PAS) com base no equívoco.
Até o começo de agosto, o portal da universidade trazia duas informações conflitantes em páginas diferentes: num local, estava escrito que as disciplinas de Artes, Filosofia e Sociologia só seriam cobradas no PAS deste ano para os alunos do terceiro ano de Ensino Médio; no outro, havia a informação de que todos os alunos inscritos no processo fariam provas dessas matérias. No dia 22 do mês passado, a universidade retirou o primeiro texto do ar.
O professor Antonio Donizete Leonel, coordenador do Ensino Médio do colégio Platão, ficou sabendo da duplicidade por seus alunos e pede para que só haja questões de Artes, Filosofia e Sociologia para todos a partir de 2013, conforme estava escrito no texto considerado errado. "A UEM errou ao passar duas informações contraditórias. Acho que não fizeram por mal, mas foram desatentos", diz.
A estudante Débora Galhardi, 15, demonstra descontentamento com a confusão no portal da universidade. "A UEM está brincando com a gente. Quando acessei o site e li as novas regras, fiquei indignada. O PAS, para mim, é uma oportunidade única. Por 30 pontos a menos, posso ser prejudicada", diz.
Arquivo/DNP
Iniciado em 2009, PAS seleciona alunos para a UEM com três provas, uma em cada ano do ensino médio
Minimiza
O presidente da Comissão de Vestibular Unificado (CVU) da UEM, Emerson Arnaut de Toledo, minimiza o equívoco, dizendo que uma resolução de 2008, de acesso público na página da universidade, explica claramente o processo de entrada das disciplinas nas questões do PAS.
Segundo o documento, "nas duas primeiras edições do PAS-UEM, as provas das disciplinas Artes, Filosofia e Sociologia são aplicadas da seguinte forma: na primeira edição, na terceira série; na segunda edição, na segunda e na terceira séries. A partir da terceira edição do PAS-UEM, as provas das disciplinas mencionadas [&] são aplicadas em todas as provas de todas as séries".
Arnaut afirma que houve "certa confusão" na interpretação do documento há alguns anos, o que levou a serem postos comunicados com erros no portal da UEM.
Segundo ele, no entanto, desde o ano passado a CVU vem se esforçando para retirar todas as informações equivocadas do ar.
Ele ainda diz que, mesmo na possibilidade de terem permanecidos textos incorretos na página, ninguém foi prejudicado, pois desde 2008 a resolução explicativa está no ar para consulta e, em 2010, o Manual do Estudante ("nosso contrato com o aluno") já trazia os dados corretos.
"Outros colégios se programaram corretamente, por que só eles vieram reclamar?", diz. Para Leonel, suas críticas mostram que seu colégio está profundamente inteirado do PAS. "Tanto é que fomos os únicos a reclamar", comenta.
Mesmo pedindo que o conteúdo da prova seja revisto, o professor Leonel tem uma visão elogiosa do PAS. "É maravilhoso. É coerente, uniforme, seleciona os alunos que se dedicam desde o início do Ensino Médio."
Histórico
O PAS é um método para selecionar a entrada de alunos de graduação em cursos da UEM. Ao contrário do vestibular tradicional, com várias provas em poucos dias, no PAS os alunos fazem três provas, uma em cada ano do Ensino Médio.
Na UEM, o processo começou a ser aplicado em 2009, e os primeiros alunos aprovados no PAS entram na universidade no ano que vem. A partir de 2012, 20% dos alunos de graduação serão aprovados pelo PAS, 60% em vestibular universal e 20% em vestibular por meio das cotas sociais.
Números
7.668 se inscreveram no PAS de 2009; 10.130 no processo de 2010
21/9 data final para as inscrições para o Processo de Avaliação Seriada de 2011

Torneio reúne em Maringá ‘feras’ do basquete veterano

Nomes que fizeram a história do basquete nacional como Carioquinha, Marquinhos, Mayr, Nilo e outros, estarão em Maringá, a partir desta quinta-feira e até o próximo domingo participando da sétima edição do Torneio de Basquetebol Veteranos "Serginho Abujanra".
Durante quatro dias, os amantes do basquete poderão ver em ação atletas que no passado defenderam a seleção brasileira em competições mundiais e ainda aqueles que durante anos defenderam as cores do Paraná na modalidade, como Serginho Abujanra, 71 anos, que é o homenageado da competição dando o nome ao Torneio.
Na categoria pré-veterana, a competição vai reunir jogadores de 25 a 34 anos; Maringá participará com duas equipes "A" e "B" e as equipes enfrentarão a seleção de Astorga; na master, de 35 a 48 anos, participam: Maringá, Ponta Grossa, Joinville, Cornélio Procópio e Cascavel.
Na super-master, atletas de 49 a 59 anos Maringá, mais uma vez, terá duas equipes, a "A" e "B"; na hiper-master, de 60 anos participam as seleções de Ponta Grossa, Cornélio Procópio e São Paulo; e acima dos 65 anos, a apresentação dos atletas será durante o jogo das estrelas, quando estarão em quadra alguns dos mais renomados jogadores de basquete do mundo.
Divulgação
As mulheres também estarão participando, pela terceira vez no torneio, que também neste naipe é uma competição de alto nível. Para elas, a idade mínima é de 35 anos e as inscrições podem ser feitas na hora.
"Maringá vai receber atletas e suas famílias para uma grande confraternização esportiva", diz o homenageado do basquete em Maringá, Serginho Abujanra. Segundo ele, este evento, já é um dos mais importantes do País, tanto em qualidade, quanto em participação, pois para este ano estão sendo esperados cerca de 300 atletas. Uma das grandes atrações deste evento será o campeão mundial de basquete, Jamison da Costa Silva, 42, de Maringá.
Ele obteve o título, em julho passado, na cidade de Natal, onde a seleção brasileira sagrou-se campeão depois de vencer a Itália, na final. O 7º Torneio tem apoio do Sesc, Usaçúcar, Associação Paranaense de Basquete Veterano, Country Club, Maringá Clube e da Secretaria de Esportes.
Número
300 atletas representando o Paraná, São Paulo e Santa Catarina participam do evento.

Imóveis em locais sem asfalto serão financiados

Imóveis construídos em locais sem infraestrutura básica, como asfalto, já podem ser financiados pela Caixa Econômica Federal, pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. A medida, fixada por meio de uma portaria do Ministério das Cidades no mês passado, era uma das reivindicações de construtores e compradores de regiões com carência de infraestrutura, como Sarandi.
No município, os jardins Bom Pastor, Universal e Independência são as novas fronteiras imobiliárias, mas sequer têm previsão de serem asfaltados. "A região tem cerca de 300 lotes, que seriam leiloados por falta de interesse. Com a novidade, esses locais passarão por uma verdadeira revolução", diz o construtor Valdir Rossi.
Ele afirma que regiões abandonadas, utilizadas por usuários e traficantes de drogas, começam a reagir aos efeitos da portaria e a apresentar sinais de urbanização.
Rossi afirma que os locais sem asfalto são justamente os que concentram o público mais carente de habitação, pois nas outras áreas da cidade, o preço é proibitivo. "Esse público só pode financiar imóvel com valor de R$ 80 mil. Fora do Minha Casa, essas pessoas não teriam acesso à moradia", avalia.
É o caso do armador Natalino Rodrigues, 42 anos, que acaba de financiar um imóvel de R$ 71 mil no Jardim Universal, onde não há asfalto. Ele procurou a Caixa assim que a portaria foi publicada. Agora terá 25 anos para pagar o imóvel.
"Quando o asfalto sair, daqui a dois anos ou mais, esse imóvel vai valer mais de R$ 100 mil", projeta. Ele se prepara para mudar para o novo lar no sábado. "Ter a casa própria é um sonho realizado", comemora.
De acordo com a Superintendência Regional Noroeste da Caixa, a nova regra não significa, de forma alguma, a permissão para produção em áreas não dotadas de infraestrutura básica e, muito menos, flexibilização quanto à qualidade e segurança dos imóveis.
Divulgação
Natalino Rodrigues pagou R$ 71 mil pelo novo lar e terá 25 anos para quitar o financiamento da Caixa
Para os empreendimentos habitacionais, como conjuntos de casas populares com 12 ou mais unidades contíguas, mantém-se a exigência da pavimentação das vias internas.
Já no caso de unidades individuais, não caracterizadas como empreendimentos habitacionais e que tenham sido feitas com recursos próprios de construtores (fora do Minha Casa), a Caixa admite ao comprador o financiamento das unidades não providas de pavimentação, desde que as vias sejam seguras e transitáveis.
Para esses imóveis, são mantidas exigências como existência de vias de acesso e de circulação segura e transitável, comprovação técnica ou declaração do município de que o terreno está inserido na malha urbana, existência de responsável técnico (ART), mesmo naquele caso em que esta exigência é dispensada pela prefeitura, memorial descritivo, em modelo-padrão Caixa e laudo de vistoria específico, com foco em itens essenciais de qualidade e segurança. A Caixa cobra ainda uma cartilha de orientação ao adquirente e uma declaração de ciência quanto às condições de infraestrutura do imóvel.
Nova faixa de renda
A Caixa aumentou a faixa de renda familiar máxima para a compra de imóveis usados e novos, incluindo os da Minha Casa, Minha Vida, e para a aquisição de terrenos e material de construção, pelo sistema de carta de crédito, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que cobra juros de até 8,16% ao ano mais TR (taxa referencial). A renda máxima, que antes era de R$ 3.900 saltou para R$ 5.400. Para o Minha Casa, a renda passou a ser de R$ 5 mil. O aumento é válido dentro dos municípios integrantes de região metropolitana ou equivalente dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, além das capitais estaduais, ou municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Centenas lotam plenário da Câmara de Maringá para votação de aumento de vereadores

18h05 - Votaram a favor da ampliação para 21 vereadores: Mário Verri, Luiz do Postinho, John e Dr. Manoel.
18h04 - Votaram a favor do aumento para 23 cadeiras: Dr. Manoel, Mário verri e John.
18h01 - Votaram a favor da emenda que diminuia o núemro de vereadores da Câmara de Maringá para 9: Dr. Manoel, Paulo Soni, John, Luiz do Postinho, Marly Martin e Wellington Andrade.
17h59 - O projeto que aumentava os subsídios dos vereadores foi adiado para sessão posterior a pedido dos vereadores.
17h52 - Encerradas as discussões, começa a votação. Rejeitada a primeira emenda, seis fotos a favor e nove contra. A emenda que aumentava para 23 também foi rejeitada por 12 votos contrários e 3 a favor. A emenda que propunha 21 vereadores foi rejeitada pro 11 votos contrários e 4 a favor. Nenhuma das emendas que propunha alteração no número de vereadores na Câmara foi aprovada.
17h50 - Marly pede direito de resposta por ter sido citada por Sabóia.
17h48 - Soni retoma a palavra e diz que vereador não precisa ser advogado nem médico. "Vamos colocar só burro aqui dentro", disse.
17h47 - Vereador Dr, Sabóia pede um aparte e critica Marly.
17h45 - Algumas pessoas que não conseguiram entrar no auditório acompanham a sessão pela televisão instalada no saguão da Câmara.

17h41 - Paulo Soni (PSB) é o orador da vez.
17h31 - "Respeito tanto as manifestações contrárias quanto aquelas a favor do aumento do número de vereadores", disse Henrique. "A sociedade não quer mais vereadores por não se sentir representada."
17h30 - O petista Humberto Henrique inicia seu discurso.
17h23 - Marly Martin (DEM) tem a palavra.
17h21 - "O povo foi enganado pela propaganda e condenou Jesus", disse Dr. Manoel. Ele também alfinetou o movimento contra o aumento do número de vereadores dizendo que a propaganda mentirosa levou os alemães a apoiarem o nazismo. Algumas vaias e risadas foram ouvidas no auditório.
17h10 - O orador da vez é Dr. Manoel (PC do B).
17h09 - John rebate Zebrão e disse que é por causa de vereadores como o pepista que a população não quer que aumente o número de representantes na Câmara.
17h08 - Zebrão pede questão de ordem por ter sido citado por John.
17h06 - John: "Dependendo das cartolinas que surgiam no meio das manifestações, os vereadores mudavam de ideia", criticou.
17h02 -  "Quanto maior o número de representantes maior a possibilidade dos diversos segmentos estarem representados aqui", disse. "A Constituição Federal é clara e detrmina números. No caso de Maringá, ela estabelece que o máximo é de 23 vereadores e o mínimo o quadro imediatamente anterior, que é de 21."
16h57 - É a vez de John Alves (PMDB) discursar. "Fico lisonjeado com a presença de público tão ilustre. Bonito ver as pessoas se manifestando de maneira tão civilizada", iniciou.
16h47 - Flávio Vicente (PSDB) faz uso da palavra. "É importante que vocês estejam aqui", disse, dirigindo-se ao auditório. Ele comentou que, em contato com eleitores, ouviu que as pessoas não querem mais vereadores e que reclamaram da qualidade da representação.
16h44 - O vereador Welington Andrade (PRP) pediu um aparte e disse que se fosse para fazer o que a comunidade quer a Câmara deveria ser fechada. Algumas vaias foram ouvidas no auditório e o presidente Hossokawa pediu ordem e ameaçou suspender a sessão caso as manifestações do público continuassem.
16h42 - "Estamos aqui para representar o povo e 90% da comunidade quer 15 vereadores. Sou a favor da comunidade. E por isso sou contra o aumento dos salários dos vereadores também", disse o vereador Aparecido Regini (PP), o Zebrão.
16h39 - Verri defendeu que o aumento no número de vereadores vai melhorar a representatividade na Câmara de Maringá. Ele defendeu o número de 21 vereadores e a diminuição do número de cargos de confiança.
16h35 - "A sociedade não está discutindo o 9 ou o 15 (número de vereadores) mas sim o papel do vereador", disse Verri.
16h33 - Caso todos os oradores inscritos façam uso do tempo máximo concedido para as discussões, a votação em si das emendas que alteram o número de vereadores na Câmara de Maringá não deve ser iniciada antes das 17h30.
16h31 - O vereador Mário Verri (PT) é o primeiro orador inscrito. Cada orador tem 10 minutos para expôr suas ideias a respeito das emendas. Há mais sete oradores inscritos.
16h29 - Lidas as emendas, as propostas são colocadas em discussão.
16h27 - Começa a votação com a leitura das emendas pelo vereador Heine Macieira.
16h24 - O Presidente da Câmara, Mário Hossokowa, dá as boas-vindas ao público presente na Câmara. Ele destacou que o regimento interno não permite manifestações do público durante os trabalhos na Câmara e pediu respeito aos vereadores que manifestarem posições contrárias à dos presentes.
16h21 - O público acompanha em silêncio a leitura dos requerimentos e mensagens. A votação das emendas que propõem o aumento do número de veradores deve começar em instantes.
16h17 - Todos os vereadores estão presentes. Heine Macieira faz a leitura dos requerimentos apresentados pelos vereadores.
16h15 - A ata da sessão anterior foi aprovada por 13 votos.
16h12 - Heine Macieira faz a leitura da ordem do dia.

16h07 - A sessão se inicia com a leitura de um texto bíblico pela vereadora Márcia Socreppa (PSDB). "Bem aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança".
16h05 - Onze vereadores já estão no plenário.
16h03 - "É bonito ver a casa cheia, deveria ser assim sempre", definiu Humberto Henrique. Ele acredita que a votação deverá manter o número de vereadores em 15.
15h58 - Mais vereadores começam a chegar ao plenário. Flávio Vicente (PSDB), Humberto Henrique (PT) e Heine Macieira (PP) chegaram para a votação. Entretanto, tudo indica que a sessão não deve começar no horário previsto.
15h55 - O vereador Dr Manoel Sobrinho (PC do B), autor da proposta que altera de 15 para 23 o número de vereadores na Câmara de Maringá disse que está achando maravilhosa a mobilização contra seu projeto. "É meu sonho dourado que esta Câmara fique sempre cheia", afirmou. Entretanto, ele tachou a mobilização de "propaganda enganosa". "Se minha proposta não for aprovada, tenha certeza de que vou sair daqui o homem mais feliz do mundo,"
15h48 - Pesquisa de O Diário com os vereadores apontou que nenhuma das propostas que alteram o número de vereadores na Câmara de Maringá deve ser aprovada - 9 vereadores assumiram que entendem que o número deve ficar em 15 representantes.
15h45 - Os vereadores devem votar também o projeto que altera o limite de gastos da Câmara de Maringá de 5% para 3,5% do orçamento do município.
15h39 - Para ser aprovada, qualquer proposta que altera o número de vereadores na Câmara de Maringá deverá ter o voto de pelo menos 2/3 dos vereadores.
15h33 - "Tenho convicção que, para a população, quanto menos vereadores, melhor", disse o vereador John Alves (PMDB). "Claro que não vou ficar alegre se a proposta que aumenta o número de vereadores não passar. Mas se isso acontecer, vou tentar aprovar a proposta que reduz para nove o número de vereadores", afirmou. 
15h30 - Os integrantes da mobilização contra o aumento no número de vereadores distribuiram camisetas, bombons e bolachas para o público presente ao auditório da Câmara de Maringá.

15h25 - Há também a proposta apresentada em regime de urgência e que reajusta os subsídios dos vereadores para R$ 9,4 mil a partir de 2013 - para ser aprovada, são necessários os votos de 8 dos 15 vereadores.
15h17 - A proposta que pode alterar o número de vereadores será o primeiro item da pauta da ordem do dia a ser votado na sessão desta terça-feira na Câmara de Maringá. 
 15h10 - Votação polêmica atrai a atenção da imprensa. São muitos os  repórteres, cinegrafistas e fotógrafos que estão a postos para acompanhar os trabalhos da Câmara de Maringá na tarde desta terça-feira (13).

 


 

15h05 - O auditório está praticamente lotado com pessoas usando a camiseta contra o aumento do número de vereadores na Câmara de Maringá.
 

15h - A presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo, disse que a mobilização contra o aumento do número de vereadores está "empolgante". "A nossa expectativa é que se mantenha o número de 15 vereadores", disse.
 

14h50 - "Não é a quantidade que vai resolver e sim a qualidade", afirmou o presidente da Acim, Adilson Emir Santos, em relação ao aumento do número de vereadores. "A mobilização está excelente, mostra o patriotismo e o espírito de cidadania da nossa população."
 

14h42 - Até o momento, o único vereador no plenário é Mário Verri. Mas o presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PMDB), e João Alves Corrêa (PMDB) já estão na Casa.
 

14h37 - A sessão está programa para começar às 16h, mas o movimento já é intenso no local reservado ao público.
 

14h33 - O Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá, Adilson Emir Santos, está na Câmara e também veste a camiseta contra o aumento do número de vereadores.
 

14h27 - O auditório da Câmara está praticamente lotado. Integrantes da sociedade civil organizada estão vestindo camisetas negras com dizeres contrários ao aumento do número de vereadores. Pelo menos 100 pessoas vestem as camisetas. Uma foi oferecida ao vereador Mário Verri (PT), que foi aplaudido quando recebeu a camiseta.
 

Votação do aumento do número de vereadores na Câmara de Maringá
 

14h22 - Olá, leitores de odiario.com. Eu sou Clóvis Augusto Melo e vou informá-los em tempo real de tudo o que acontece a partir deste momento na sessão da Câmara de Maringá que, entre outros assuntos, vai decidir sobre o aumento - ou não - do número de vereadores.
 

Centenas de pessoas estão no plenário da Câmara Municipal de Maringá aguardando o início da sessão que irá votar o aumento do número de vereadores. Várias pessoas vestem uma camiseta preta onde está escrito "Diga Não ao Aumento de Vereadores".
  
 

A sessão terá início às 16h e será acompanhada em tempo real pelo portal odiario.com.
  
Pauta
  
A emenda à Lei Orgânica, proposta pelo vereador Manoel Sobrinho (PC do B), que propõe o aumento para 23 cadeiras, será o primeiro ítem da pauta.
 


Douglas Marçal
 

Centenas de pessoas aguardavam para entrar no plenário da Câmara; vários manifestantes vestiam uma camiseta preta em protesto ao aumento de vereadores
 


 

Caso a proposta não seja aprovada, os vereadors votam a proposta da vereadora Marly Martin, que estipula em nove o número de vereadores. Ambas as emendas precisam de 2/3 da Casa para serem aprovadas (10 votos).
 

Se nenhuma das propostas for aprovada, a Câmara permanecerá com 15 vereadores. Porém, se alguma das emendas for aprovada, a proposta será votada em segundo turno, após interstício de dez dias.
 


 



      

Meningite afasta funcionários da Costa do Sauípe

A notícia de que sete trabalhadores dos hotéis da Costa do Sauípe contraíram meningite do tipo C, a mais grave, e de que três deles, dois homens de 19 e 23 anos e uma mulher de 54, morreram por causa da doença assustou tanto os funcionários do complexo hoteleiro quanto os habitantes dos distritos próximos, onde residem praticamente todos os trabalhadores do destino turístico.
Desde anteontem, alguns funcionários de Sauípe, em especial dos dois hotéis nos quais trabalhavam as vítimas, não aparecem no complexo, ainda com receio de contaminação. "Tenho medo de ir lá e voltar com alguma doença que minha família pegue, mesmo que eu não fique doente", afirma um homem de 31 anos, morador de Porto Sauípe, distrito de Entre Rios, a cerca de 10 quilômetros do complexo, que trabalha em um dos hotéis e prefere não se identificar. "Combinei com outros quatro colegas de só voltar quando ninguém mais ficar doente."
Uma colega e vizinha dele, de 28 anos, diz que não só não foi trabalhar ontem, como não permitiu que a filha, de 7 anos, fosse à escola. "Tem muita gente daqui que trabalha nos hotéis e já pode estar doente sem saber", acredita. "Minha filha só volta a estudar quando eu ficar tranquila."
Homenagem
Ainda no domingo, um grupo de cerca de 30 funcionários dos hotéis desistiu da tarde de trabalho para prestar uma homenagem ao lavador de pratos Renan Silva. Seu enterro, realizado em Porto Sauípe, distrito de Entre Rios, no litoral norte baiano, a dez quilômetros da Costa do Sauípe, ocorreu no dia em que completaria 20 anos.
Segundo a assessoria do complexo, que reúne cinco hotéis e cinco pousadas, além de centros esportivos e de uma galeria de lojas e restaurantes, a empresa informa que não recebeu notificações de faltas relacionadas aos casos da doença e que os trabalhos não sofreram prejuízos.
Profilaxia
Entre os quatro infectados ainda internados no Hospital Couto Maia, em Salvador, todos homens, de idades entre 22 e 25 anos, um corre risco de morrer por causa da doença, segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), e deve ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os outros seguem em observação, com estado de saúde considerado estável.
Segundo tanto a assessoria de imprensa da Costa do Sauípe quanto a Sesab, não foram registrados mais casos da doença entre os trabalhadores do complexo nas últimas 48 horas.
Para o coordenador de Vigilância Epidemiológica da Sesab, Juarez Dias, é pouco provável que haja novos casos entre funcionários ou hóspedes do hotel. "Todos os 1.350 funcionários do complexo que tiveram algum tipo de contato com os doentes foram medicados com a profilaxia e os hóspedes não correm riscos, porque não mantiveram contato com os infectados, que trabalhavam na cozinha e na arrumação dos quartos", acredita.
Pelo mesmo motivo, Dias avalia que não havia necessidade de interrupção do carnaval fora-de-época Sauípe Folia, que foi realizado no resort entre quarta-feira, 7, e sábado, 10. A direção do Hospital Couto Maia, porém, alerta para que pessoas que tenham estado no complexo nos últimos dias fiquem atentos ao aparecimento de sintomas como febre, dor de cabeça e rigidez na nuca e procurem atendimento médico caso apresentem esses sintomas.
Segundo a Sesab, uma campanha de vacinação, ainda sem data para início, será realizada com todos os funcionários que nunca tenham recebido ou que tenham deixado expirar o prazo de validade da vacina contra meningite tipo C.
Ainda de acordo com a secretaria, as meningites atingiram, entre o início de janeiro e o fim de julho deste ano, 550 pessoas no Estado, levando 57 delas à morte. No mesmo período do ano passado, 1.006 pessoas haviam sido infectadas, das quais 87 morreram.

Ministro inaugura Agência da Previdência em Mandaguari, na região de Maringá

Ontem, ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB) inaugurou três agências da Previdência Social no Paraná. Os municípios de Cambará, Andirá e Mandaguari receberam prédios, como parte de um plano de expansão de atendimento que prevê a construção de 38 sedes próprias no Estado e 720 no País.
Em Mandaguari (a 37 quilômetros de Maringá), Alves destacou que os repasses da Previdência Social são mais expressivos que a participação do municípios no bolo de impostos federais. "Em 2010, o município recebeu R$ 10,7 milhões pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM). No mesmo ano, a Previdência pagou R$ 42,7 milhões em benefícios em Mandaguari", destaca.
O município tem 4.912 beneficiários de aposentadoria, pensões e outros pagamentos feitos pela Previdência. Pela falta de uma agência, de janeiro a julho foram registrados 667 pedidos de aposentadoria de moradores de Mandaguari na cidade de Apucarana, distante 35 quilômetros.
É o caso do cortador de cana Nadir José de Souza, 58 anos. Ele se aposentou por acidente de trabalho e precisou viajar dezenas de quilômetros para dar entrada no pedido. "Tive que ir lá três vezes, por causa das perícias. Agora a agência fica em frente à casa do meu pai", diz.
O ministério investiu R$ 1,1 milhão no prédio de Mandaguari, construído em um terreno de 1,2 mil metros quadrados. O imóvel fica no Jardim Bela Vista, região que recebeu uma série de investimentos públicos e privados e mudou a dinâmica de Mandaguari.
"Nos últimos cinco anos, os terrenos deste bairro sofreram valorização de 500%. Isso porque a região recebeu R$ 20 milhões, entre investimentos dos governos municipal, estadual, federal e da iniciativa privada", afirma o prefeito Cyllêneo Pessoa Pereira Júnior, o "Cileninho" (PP).
Rafael Silva
O ministério investiu R$ 1,1 milhão no prédio de Mandaguari, construído em um terreno de 1,2 mil m2
Investimentos
O deputado federal André Vargas (PT) afirma que, apesar do corte no orçamento federal, sobraram R$ 116 milhões para a continuidade do projeto de expansão da Previdência Social.
"Queremos agora aprovar uma emenda de bancada para que o lançamento dessas agências não pare", ressalta. A proposta de emenda tem o apoio dos demais deputados que acompanharam a terceira visita de Garibaldi Alves ao Paraná, desde que tomou posse, em janeiro. O Estado receberá 38 novas agências da Previdência Social.
Também estiveram em Mandaguari para a inauguração da agência os senadores Roberto Requião (PMDB), Sérgio de Souza (PMDB), os deputados federais Cida Borghetti (PP), João Arruda (PMDB), Nelson Padovani (PSC) e o deputado estadual Ênio Verri (PT).
Balcão
1,2mil É a capacidade mensal de atendimento das novas agências da Previdência Social

Vereador Saboia acredita que dupla errou de casa

O vereador Carlos Eduardo Saboia (PMN) descartou a possibilidade dos homens que invadiram por engano a residência do seu vizinho na tarde de sábado (10), acreditando ser a sua, serem os mesmos que furtaram a casa do também vereador Wellington Andrade (PRP) na noite de quinta-feira (8). Ele, no entanto, acredita que era o alvo da dupla que fugiu sem levar nada da residência na Rua Mem de Sá, na Zona 2, após descobrir que o vereador não era o dono do imóvel.
"As duas ações foram muito diferentes. Na casa do vereador Wellington os ladrões entraram encapuzados e armados, usaram de violência para entrar na residência, arrombaram portas. No meu vizinho os dois entraram de cara limpa, não estavam armados e não foram violentos. Mas o fato deles perguntarem se era a casa do Dr. Saboia confirma que eles procuravam pela minha casa", diz o vereador.
Questionado sobre a possibilidade da dupla ter agido por motivação política, o vereador afirmou não acreditar nesta hipótese. Ele disse que não é autor de nenhum projeto polêmico na Câmara Municipal de Maringá e sempre trabalhou em favor da população.
Para Saboia, a dupla estava atrás de dinheiro e fugiu sem levar nada da residência por ter ouvido a funcionária, que foi trancada no banheiro, telefonando para a polícia. "Eles devem ter ouvido ela ligando e gritando por socorro, e se deram conta que em poucos minutos os policiais estariam no local dificultando a fuga deles", opina.
Depois do susto, o vereador relatou que pretende reforçar a segurança da casa com a contratação de uma empresa especializada e a instalação de um sistema de câmeras. "Não tinha essa preocupação em instalar equipamentos de segurança em casa, mas agora mudei de ideia. Preciso pensar na segurança da minha família", conclui.

Sarandi articula criação de Observatório Social

Sob orientação do Observatório Social de Maringá, considerado pioneiro na missão de proporcionar oportunidades que promovam a coesão social por meio da transparência na gestão dos recursos públicos, várias entidades de Sarandi se uniram para criar uma instituição com o objetivo de combater os processos viciados pela corrupção nos órgãos públicos.
O Observatório Social de Sarandi deve concluir o processo de criação dentro de dois meses, mas desde já se propõe fiscalizar. em caráter voluntário, sem ônus para a sociedade.
"A experiência de Maringá mostrou que a existência de um Observatório Social, além de ser um instrumento de combate à corrupção, é um meio de proporcionar economia dos recursos públicos, que podem assim ser revertidos em favor do povo, em obras, cultura, segurança e ação social", disse o presidente da Comissão Provisória, empresário Orfeu Valdecir Casagrande, presidente da Associação Comercial de Sarandi.
"Os empresários sabem de antemão, que o Brasil sofre com a tsunami da corrupção nos quatro cantos do País, notadamente na área das licitações e em todos os setores da administração pública, com devastador prejuízo para a Nação", destaca.
O OSS deverá ter cerca de 15 membros, que serão escolhidos entre as entidades representativas da cidade. Têm participado das reuniões representantes das igrejas católicas e evangélicas, Maçonaria, Movimento Comunitário Brasileiro, Associação Comercial, associações de moradores, Rotary Club e grêmios estudantis.
"Com o apoio do Observatório de Maringá, procedemos na elaboração do estatuto e do registro da instituição, mas mesmo antes da conclusão do processo os membros do futuro OSS já trabalham, inclusive estão à frente do movimento que gestiona junto aos vereadores para que o número de cadeiras na Câmara Municipal não seja aumentado", ressalta Casagrande.
Formação
15 é o número de integrantes que comporão o Observatório Social de Sarandi

Ação judicial exige segurança em ferrovias que cortam a região de Maringá

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública com o objetivo de garantir a segurança nos cruzamentos da linha férrea com as vias urbanas dos municípios da região de Maringá e para garantir a proteção dos bens da extinta Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) nas cidades compreendidas no trecho que vai de Cianorte a Cambira.
A ação foi proposta contra a América Latina Logística (ALL), concessionária da ferrovia no Paraná, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a União Federal.
Por meio do procedimento, o MPF quer que a Justiça obrigue a ALL a realizar projeto de restauração ou reconstrução das estações ferroviárias no trecho entre Cianorte e Cambira. Pede ainda que a empresa recupere os trilhos, dormentes e faixas de segurança.
Exige ainda, que a ALL realize obras para garantir a segurança de todos os cruzamentos das linhas com as vias urbanas nos municípios de Cianorte, Jussara, Doutor Camargo, Paiçandu, Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul e Cambira.
Em relação à ANTT, o MPF quer que a agência faça um relatório detalhado das condições em que se encontram os cruzamentos da linha férrea com as vias urbanas em todos os municípios citados na ação.
Ao Dnit e à União, a cobrança é para que sejam identificados todos os imóveis pertencentes à extinta RFFSA nessas cidades. Além disso, existe uma cobrança direta contra a União Federal no sentido de fiscalizar o contrato de concessão firmado com a concessionária, principalmente no que diz respeito à guarda e à conservação dos bens.
Se forem detectadas irregularidades, o MPF pede que a União aplique as punições cabíveis no contrato firmado com a concessionária da ferrovia.
Procurada no fim da tarde de ontem, a ALL informou por meio da Assessoria de Imprensa que, de todas as estações ferroviárias do trecho, apenas a de Maringá é operacional. Informou, ainda, que a empresa busca continuamente viabilizar a circulação de trens no trecho entre Cianorte e Maringá, que já se encontrava desativado quando a empresa assumiu a concessão.
O trecho deixou de ser usado há 22 anos. Em relação aos cruzamentos com as vias urbanas, a empresa apontou apenas que o responsável pela execução da via mais recente é que deve assumir a responsabilidade da segurança da circulação no local.

Retomada
A reativação da linha férrea entre Maringá e Cianorte é aguardada com expectativa pelos prefeitos e por importantes grupos econômicos das cidades localizadas na área de abrangência da estrada de ferro, que passariam a usar a ferrovia para o transportes de produtos.
O plano de expansão é um dos itens do novo marco regulatório que entrou em vigor em julho deste ano possibilitando o transporte de carga em malhas que não estão sendo aproveitadas pelas atuais operadoras. Do total de trechos subutilizados no Brasil (5,4 mil quilômetros), quase a metade está sob a responsabilidade da ALL (2,6 mil quilômetros).

Na véspera da votação, 60% dos vereadores querem 15 cadeiras

A permanência da Câmara com 15 cadeiras atingiu ontem, na véspera da votação, o maior porcentual de apoio desde o início dos debates públicos sobre o assunto, em maio deste ano. Ontem, a preferência por 15 assentos era assumida por 9 parlamentares, 60% do total, contra apenas dois (13,3%) na primeira enquete.
Ontem, dois vereadores se comprometerem a votar contra as propostas de aumento para 21 e 23 cadeiras. Belino Bravin e Zebrão (ambos do PP), que no início defendiam 23, alegam que farão a vontade do povo.
Ricardo Lopes
Bombeiros vistoriaram plenário da
Câmara ontem; não há problemas
"Mais de 80% dos maringaenses acham que deve ficar nos 15 vereadores, sem aumento de salário, então vou votar com a comunidade", garantiu Zebrão.
Bravin declarou seu posicionamento durante um programa de TV. Nos corredores do Legislativo, lamentava a falta de diálogo entre os vereadores. "Não tem consenso para nada nesta Casa. Se a proposta de 15 vereadores precisasse dos dez votos, também não passava", reclamou.
Ordem do dia
A proposta que pode alterar o número de vereadores será o primeiro item a ser votado na sessão ordinária de hoje. Primeiramente, os vereadores analisarão a emenda modificativa, de autoria de Manoel Sobrinho (PC do B), que propõe 23 cadeiras.
Se a proposta não atingir o mínimo de 10 votos, será apreciada outra emenda modificativa, de autoria de Marly Silva (DEM), que sugere o Legislativo com 9 cadeiras. Esta também necessitará de 2/3 da Casa para ser aprovada.
Caso contrário, a Câmara permanecerá com 15 vereadores. Porém, se alguma das emendas for aprovada, a proposta será votada em segundo turno, após interstício de dez dias.
O segundo item da pauta será a diminuição do limite de gastos da Câmara de 5% para 3,5% da previsão orçamentária do município. Como trata-se de emenda à Lei Orgânica, são necessários 10 votos para aprovação.
Em seguida, em regime de urgência, será votado o projeto de lei que eleva o subsídio dos vereadores para R$ 9,4 mil, a partir de 2013. São necessários 8 votos para aprovação do projeto.
Quantas vagas deve ter a câmara?

Presos da Casa de Custódia têm mais reféns; PM confirma um ferido

A polícia interrompeu por volta das 23h desta segunda-feira (12) as negociações com os presos rebelados da Casa de Custódia de Maringá. A rebelião teve início por volta das 12h30. Mais de 400 detentos integram a ação, que começou com 20 presos na galeria 2. Um agente penitenciário é mantido refém desde o início do motim. No meio da tarde detentos também foram feitos reféns, porém o número não foi revelado.
Os rebelados cobram mais agilidade nos processos de pedido de liberdade na Justiça em Maringá e solicitam a transferência de presos da unidade para outras penitenciárias do Paraná e de outros Estados. No início da noite, os cerca de 200 presos que estavam no telhado da Casa de Custódia hastearam uma bandeira do Primeiro Comando da Capital (PCC) e, aos gritos, reclamaram do tratamento recebido pelos agentes da unidade. Uma lista com 39 nomes de presos a serem transferidos foi entregue às autoridades - 8 deles queriam ser transferidos para a Penitenciária de Londrina.
A intenção da PM era iniciar a remoção de presos ainda esta noite para tanto foi solicitado que os 39 presos fossem levados até o solário. Os rebelados recuaram após pedirem agilidade nas transferências e pediram que a remoção fosse feita na manhã de terça-feira (13). Por volta das 23h, o capitão Radamés, que está no comando das negociações, que devem ser retomadas pela manhã.
O pedido para agilizar as transferências ocorreu após a chegada, por volta das 19h40, da Tropa de Choque do 5º Batalhão da Polícia Militar de Londrina. Ao perceberem a chegada do reforço policial, os rebelados questionaram o porquê da presença de policiais com submetralhadoras.
Além da Tropa de Choque de Londrina, policiais do 8º BPM de Paranavaí, do 11º BPM de Campo Mourão e da 5ª Companhia da Polícia Militar de Umuarama estão em Maringá para dar apoio ao efetivo do 4º BPM. Equipes de Cascavel e Foz do Iguaçu também estão sendo deslocadas.
Por precaução, a Casa de Custódia foi cercada por policiais em um raio de 100 metros. A operação envolve mais de 100 homens. A ameaça de uma fuga em massa preocupa as autoridades, principalmente após a PM ter recebido a informação de que os presos estariam confeccionando "teresas" (cordas feitas com lençóis e roupas).
Uma equipe especializada em negociação de Curitiba ainda é aguardada em Maringá. Os negociadores estão vindo de helicóptero. A água e a energia elétrica foram cortadas no prédio da Casa de Custódia.
Barril de pólvora
A rebelião, que inicialmente começou com cerca de 20 detentos por volta das 12h30, se espalhou rapidamente. O movimento seria liderado por Maico de Souza Moretti, 25 anos, conhecido pela PM pelo codinome "Guerreiro". O detento de Paranavaí cumpre pena de mais de 80 anos de reclusão e teria começado a planejar a rebelião na sexta-feira (9) quando, sem sucesso, os detentos iniciaram um motim que foi contido pelos agentes da Casa de Custódia.
No início da manhã desta segunda-feira, cinco presos conseguiram fugir da Casa de Custódia antes de começar a rebelião. À tarde, os detentos chegaram a jogar "teresas" (cordas feitas com lençóis e roupas) do telhado, numa tentativa de fuga que foi frustrada pela polícia. Depois, estouraram as grades das celas da galeria 2 para libertar mais presos para engrossar a rebelião.
Um agente penitenciário foi feito refém e colocado em cima do telhado, vigiado por 11 presos munidos de barras de ferro, que ameaçavam a vítima. "Se sair tiro, vamos arrancar a cabeça do refém", prometeram os revoltosos. Informações davam conta de que o nome do agente feito refém seria Paulo Arruda.
Os presos confirmaram que poderiam matar outros detentos para mostrar a força do movimento, caso as reivindicações não fossem atendidas. O capitão Radamés confirmou um ferido na rebelião. A pessoa ferida foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Universitário de Maringá – a informação é que a vítima teria levado um tiro nas costas por volta das 13h.
Cerca de 900 homens estão presos na casa de Custódia. As galerias 1 e 3 foram cercadas pela polícia para prevenir que os rebelados libertassem mais detentos. Entretanto, os presos conseguiram furar o bloqueio. Alguns grupos de detentos se recusaram a participar da rebelião - entre eles, o de evangélicos.
Negociações
No início da tarde, a imprensa foi convocada a pedido dos rebelados para conversar com um dos presos. "Guerreiro" foi eleito o porta-voz dos revoltosos. Um rádio HT foi entregue a ele para agilizar as negociações. Foi solicitado que os profissionais da imprensa registrassem por meio de fotografias e filmagens a negociação.
O porta-voz dos presos afirmou que a rebelião era uma reação às pauladas e dentes quebrados dentro da Casa de Custódia. Cerca de 100 detentos permaneceram na laje, juntamente com o refém, enquanto o restante ficou no interior das galerias.
A conversa com a imprensa terminou por volta das 14 horas. Os presos reclamaram muito de agressões sofridas no interior da unidade, da qualidade da alimentação, que muitas vezes chega azeda, disseram, por meio do interlocutor.
Por volta das 15h, a promotora da Vara de Execuções Penais, dra. Valéria Seyer, chegou à Casa de Custódia. A presença dela estava entre as reivindicações dos rebelados. O comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Chehade Elias Geha, também chegou ao local no mesmo horário.
Quebra-quebra
O clima ficou ainda mais tenso após a recusa da PM de liberar os presos da cela de número 35 como exigiam os rebelados. Diante do questionamento da PM sobre o porque da liberação desses detentos, o movimento disse que se tratavam de colegas deles que também queriam se juntar à rebelião.
Sem avanço nas negociações, por volta das 15h30, os rebelados promoveram um quebra-quebra na unidade. O barulho no interior da Casa de Custódia era intenso, com os presos destruindo celas e demais salas da cadeia. Policiais comentavam que, dependendo do tamanho do estrago causado pelos rebelados, havia a possibilidade da unidade ser interditada.
No mesmo horário, os detentos começaram a utilizar partes arrancadas da estrutura da Casa de Custódia de Maringá como arma contra a PM, atirando pedaços de ferro e de concreto nos policiais. Mais de 200 subiram ao telhado.
Por volta das 16h, um detento usando o condinome de Fernando assumiu as negociações com a Polícia Militar. Ele pediu calma aos policiais e garantiu que ninguém seria ferido dentro da Casa de Custódia. O interlocutor solicitou ainda mais um rádio HT para facilitar as negociações.
Os detentos também queriam telefones celulares para dar continuidade as negociaçõe, reivindicação não aceita pela PM. No fim da tarde um representante dos Direitos Humanos conversou novamente com o líder do rebelados.
Aflição
Parentes dos presos foram à Casa de Custódia para ter informações dos detentos assim que souberam da rebelião. O medo dos familiares dos detentos era que, aproveitando-se da rebelião, alguns presos matassem outros em acertos de contas.

domingo, 11 de setembro de 2011

Bandidos usam a criatividade a serviço do crime

É de se pensar o que poderia ser feito caso tanta criatividade estivesse a serviço do bem público. A cada dia surgem novas formas de tentar introduzir drogas dentro das cadeias e presídios.
Na maioria das vezes, com o transporte dos entorpecentes tendo como protagonistas um parente ou namorado do detento. A justificativa para a prática do crime é sempre a mesma: "estou tentando ajudá-lo". Mas não adianta tentar invocar solidariedade familiar, fazer juras de amor, nem ode à amizade, pois a prática é qualificada como tráfico, independentemente da quantidade encontrada.
Foi o que ocorreu no dia três deste mês, quando Franciele Ferreira da Silva, 19 anos, foi presa em flagrante tentando passar 120 gramas de maconha ao namorado que está preso na cadeia de Sarandi, usando como esconderijo sete ovos de galinha. Ela está detida e aguarda julgamento.
O caso ganhou repercussão na imprensa nacional graças ao inusitado do recipiente para a droga, mas está longe de ser um fato isolado.
No fim de junho, também na delegacia de Sarandi, Lúcia dos Santos Oliveira, 49, foi detida ao tentar passar 15 gramas de maconha dentro de um tubo de pasta de dente. A droga era para o filho John Lennon, que está preso por roubo.
Casos de flagrante iguais a esses, segundo o chefe de carceragem em Sarandi, Rodrigo Biff, são registrados, em média, uma vez por mês.
"Temos de ficar atentos e fazermos sempre uma revista muito rigorosa. Não vou dizer que é perfeito, mas é difícil alguém conseguir passar", afirma. Biff explica que, no caso dos ovos recheados, a desconfiança veio por causa do peso mais leve do que o habitual; no episódio da pasta de dente, estranhou-se a rigidez do tubo, que foi aberto para ser constatada a maconha.
Em outros casos inusitados, foram encontradas porções de maconha dentro de um pé de alface e atrás do rótulo de uma garrafa PET de coca-cola - cheia. "Na maioria dos casos, mesmo antes da revista a gente já desconfia, porque a pessoa fica nervosa", destaca.
Divulgação
Omelete que não deu certo: os ovos recheados com maconha foram descobertos por causa do peso
Maringá
No minipresídio da 9ª Subdivisão Policial (SDP), em Maringá, as tentativas de entrada de drogas são ainda mais constantes. Segundo o chefe de carceragem, Josué Batista Nunes, a cada 15 dias é registrado algum flagrante do gênero.
Os esquemas vão desde métodos prosaicos, como jogar drogas por cima do muro da delegacia para atingir o pátio, até técnicas de engenharia avançada, como fundos falsos de marmita e chinelos havaianas com compartimentos secretos para alojar maconha.
"As pessoas são criativas no que fazem, temos de admitir", atesta Nunes. Para conseguir deter a entrada ilegal, a vigilância tem de se redobrar em cuidados. Auxiliar de carceragem, Eliana Chueri já flagrou, em cinco anos de profissão, quatro casos de mulheres que traziam drogas e telefones dentro da vagina.
"Fiquei impressionada quando uma mulher conseguiu colocar lá dentro um celular, modelo antigo, embrulhado em papel carbono e dentro de uma camisinha. Está na minha memória até hoje a cena", diz.
O método para evitar esses casos é levar as visitantes a fazerem exercícios de agachamento, em quatro ou cinco repetições. "O triste é que, na maioria das vezes, são pessoas reincidentes", afirma Eliana.
Práticas identificadas pelos carcereiros durante as revistas feitas nos objetos transportados pelos visitantes dos detentos

Rádio Cultura AM faz debate sobre número de vereadores

A discussão sobre o número de vereadores em Maringá terá pela primeira vez, frente a frente, o movimento pró-23 cadeiras e o grupo de entidades contrário ao aumento. O debate promovido pela Rádio Cultura AM (1390 kHz) e pelo jornal O Diário será das 10h às 12h desta segunda-feira, véspera da polêmica votação na Câmara. "Será uma discussão história", resume o diretor de Jornalismo da Cultura AM, Edson Lima, que mediará o debate.
O Movimento em Defesa do Fortalecimento da Democracia com 23 vereadores, liderado pelo Observatório das Metrópoles, Núcleo da Universidade Estadual de Maringá (UEM), confirmou presença no debate, mas ficou de definir seu representante.

O mesmo ocorre com as entidades contrárias ao aumento, capitaneadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim).
Para apimentar a discussão, dois vereadores com opiniões divergentes estarão no estúdio. Presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PMDB) passou a defender 15 cadeiras – e não mudou mais de opinião – logo após o início da mobilização da sociedade civil organizada contra o aumento de vereadores. O presidente municipal do PT, Mário Verri, defende o limite de 23 cadeiras, mas admite 21 caso haja consenso no número.
Na mediação do debate, Edson Lima, que terá no estúdio a companhia do editor-chefe de O Diário, Walter Téle, e de um repórter de odiario.com. Os presentes serão questionados sobre os desdobramentos políticos, econômicos e sociais do número de cadeiras que defendem.
"Nunca tivemos um momento como esse no Legislativo maringaense, por isso não vou passar a mão na cabeça de ninguém", afirma Lima.

Povo na linha
Os ouvintes da rádio e os leitores de odiario.com poderão enviar suas perguntas e, alguns deles, serão convidados a entrar ao vivo no debate. "A ideia é trazer para a discussão as perguntas dos ouvintes. Serão 2h no ar, então, dá pra falar bastante", diz o mediador, que elogia a iniciativa do editor-chefe de O Diário de organizar o debate.
Na avaliação de Hossokawa, a participação do público no debate é fundamental. "Essa discussão não vai mudar a opinião de nenhum vereador, mas servirá para explicar, por exemplo, que se nenhuma proposta (9, 21 ou 23 vereadores) tiver o mínimo de dez votos a Câmara ficará como está, com 15 cadeiras", diz o peemedebista.
Verri afirma que o debate terá importância ímpar porque, segundo ele, até agora as entidades contrárias ao aumento fugiram da discussão. "Faltou diálogo desde o começo porque em nenhum momento eles (OAB, Acim e outras entidades) vieram conversar com os vereadores", reclama. "Será uma ótima oportunidade de discutir os prós e contras de cada opinião", acrescenta.
Audiência
O debate será transmitido pela Cultura AM para os 542 municípios que sintonizam a rádio no Paraná, oeste de São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul. Fora dessa área de abrangência, os interessados poderão acompanhar o debate em tempo real no portal odiario.com e no site da rádio (www.odiario.com/culturamaringa), com imagens ao vivo do debate. Os melhores momentos e a repercussão do encontro serão publicados na edição de terça-feira de O Diário. A sessão ordinária que definirá o número de vereadores, antecipa Edson Lima, terá transmissão ao vivo da Cultura AM.
Projetos

Você vai acompanhar a votação na câmara?
Dale Meira, 55,
engenheira civil
"Não posso garantir que
estarei presente na
terça-feira, mas sou
totalmente contra o
aumento de vereadores"
Luiz Carlos Rizzo, 56,
jornalista e historiador
"Mais vereadores
significa maior
represen-tatividade
social. Menos vereado-res
fica mais barato para os
grupos econômicos
elegerem seus
representantes."
Ivone Aparecida
Santana, 41, chapeira
"Não vou porque trabalho
à noite e de dia tenho
outros afazeres. Mas
acho que é importante o
comparecimento para
pressionar os vereadores"

Bispo defende 15 vagas na Câmara e pede mais qualidade

Não é a quantidade que importa, e sim a qualidade. É com esse argumento que o arcebispo dom Anuar Battisti, 58 anos, defende a manutenção de 15 vereadores em Maringá. Na próxima terça-feira, a Câmara deve decidir se aumenta para 21 o número de vagas. A discussão ganhou fôlego com a campanha nas ruas contra o aumento do número de cadeiras. Dom Anuar diz apoiar a mobilização dos maringaenses. "A população tem que se manifestar, sim, é papel dela".
O arcebispo diz que falta à Câmara de Maringá vereadores que suem a camisa pela missão de legislar, fiscalizando o Executivo. "Tem gente ali que trabalha, mas também tem gente que está levando na brincadeira".
Para ele, o bom vereador é aquele que trabalha pelo bem comum, qualquer que seja o partido político. "Câmara nunca foi lugar de representantes de facções ou grupos, mas de representantes do povo".
Dom Anuar, que atendeu a O Diário, em casa, na manhã de sexta-feira, também falou sobre a união estável entre gays. Na opinião dele, essa permissão foi um vacilo do Supremo Tribunal Federal. "Eu não sou contra, cada um é responsável pelos seus atos. Eu respeito, mas não concordo". Dom Anuar diz que, pela união entre dois homens ou duas mulheres, não é possível formar família.
Douglas Marçal
"A família é aquela que gera, portanto, é um homem e uma mulher".
"Ali [na Câmara] tem gente séria, mas também tem gente que está levando na brincadeira. A Câmara tem feito um bom trabalho, mas também tem havido deslizes e isso cria uma imagem errada e é lamentável’’.
"Nunca vou concordar, enquanto estiver nesta terra, que dois homens ou duas mulheres possam constituir família. A família é aquela que gera, portanto, é um homem e uma mulher’’.
O Diário - Porque o senhor é contra o aumento do número de vereadores?
Dom Anuar Battisti - Eu falo agora como Anuar. Sou a favor de manter os 15 [vereadores] porque acho que não é a quantidade que importa, mas a qualidade. Quinze vereadores que trabalhem para o bem comum, que busquem realmente ser legisladores. O papel é legislar, mas também vigiar o Executivo em sintonia com o Judiciário. Mais que aumentar o número de vereadores, os municípios precisam de equilíbrio entre os Três Poderes; isso é o mais importante. Sou pelos 15, mas 9, 21 ou 23 não vai resolver nada. Não se trata de números, e sim de um trabalho em vista do bem comum e onde exista esta integração entre os poderes.

O Diário - Como o senhor caracteriza o trabalho dos vereadores de Maringá?
Dom Anuar Battisti - Ausência. Essa é uma das maiores falhas. Pouco caso... Os projetos são levados pela maioria. A maioria é da situação, a maioria vota, manda e cria uma imagem errada da Câmara. Eu penso que na Câmara tem gente realmente que trabalha, que sua a camisa, que assume a missão. Não vou citar nomes, mas sei que ali tem gente séria, mas também tem gente que está levando na brincadeira. Há ausência sistemática nos trabalhos da Câmara. Quando se começa a fazer jogo de empurra-empurra, não é seriedade. Uma autoridade séria não vai fazer retaliação, nem buscar vantagem, e não vai puxar brasa pro seu assado. A Câmara tem feito um bom trabalho, mas também tem havido deslizes e isso cria uma imagem errada da Câmara. É lamentável.

O Diário - O senhor disse a O Diário, em agosto, que os vereadores fazem ‘trabalho de fachada’ em Maringá...
Dom Anuar Battisti - Ele foi eleito não para representar um partido político, não para buscar interesses de partidos ou facções. Foi eleito para trabalhar para o bem comum, independentemente do partido político. Foi eleito para isso e não para outra coisa. É isso que precisa ser resgatado de novo na Câmara.

O Diário - O senhor apoia a campanha da sociedade contra o aumento?
Dom Anuar Battisti - A sociedade tem se manifestado, as estatísticas provam que 92% da população é contra o aumento. A sociedade precisa participar não só agora, mas durante o ano todo, acompanhando projetos, votações, indo à Câmara, marcando presença. Esse é o papel da população. Sou a favor de que haja essa mobilização, sempre pacífica, é claro. Sou contra qualquer manifestação radical. O radicalismo só traz danos, mas a população tem que se manifestar, sim, é papel dela.

O Diário - No geral, qual é a opinião da Igreja Católica de Maringá sobre o tema?
Dom Anuar Battisti - São divergentes. Existem pessoas favoráveis à manutenção dos 15 e há aqueles que são favoráveis ao aumento em vista da representatividade da população. Essa representatividade também é muito relativa. A Câmara não é um lugar para representar ninguém, é para trabalhar pelo povo. Senão, daqui a pouco vamos ter que eleger um vereador para representar os afro-brasileiros, outro para representar os nipo-brasileiros, as etnias, as culturas, os grupos. Daqui a pouco tem vereador para representar os gays ou sei lá quem. Câmara nunca foi lugar de representantes de facções ou grupos, mas, de representantes do povo.

O Diário - A divergência de opiniões é entre padres?
Dom Anuar Battisti - São lideranças em geral: padres, líderes da comunidade e leigos. Eles interpretam a Câmara como a grande vigilante do poder público. Existe Observatório Social, Observatório das Metrópoles e vários organismos que vigiam o poder público, mas a Câmara também tem a função de acompanhar o Executivo. Pensa-se que o maior número de vereadores possa ter maior vigilância sobre o Executivo, mas não significa isso. Se querem fazer trabalho sério, fazem independentemente do número. Penso que não é quantidade, mas qualidade.
O Diário - Como o senhor acha que os vereadores tem transitado entre os interesses pessoais e os do povo?
Dom Anuar Battisti - Esse jogo de números é mais interesse político que qualquer outra coisa. Isso interessa ao partido político e mais que tudo aos candidatos a prefeito porque cada vereador é um cabo eleitoral. Quanto mais vereadores, mais cabos eleitorais trabalhando para os candidatos. Hoje, em Maringá [essa discussão], é uma disputa de partido político. A opinião da população vai entrar como grande fator aí no meio e vai depender do discernimento dos escolhidos pela população de ouvir ou não a voz do povo. A voz do povo é a voz de Deus e se não ouvem a voz do povo, não estão ouvindo a voz de Deus.

O Diário - Há influência da opinião do senhor, como bispo, no modo de pensar dos padres? A igreja determinou uma linha ou cada um é livre para opinar?
Dom Anuar Battisti - Cada um é livre e primamos muito pelo diálogo. A diversidade de opiniões enriquece o debate e depois deixamos livre para cada um fazer sua escolha. Quando eu falo em 15, estou falando em meu nome. A igreja não tem um consenso sobre o assunto.

O Diário - Mudando de assunto, foi realizado em Maringá, no dia 6, um casamento gay. Qual a sua opinião sobre a união homoafetiva?
Dom Anuar Battisti - O Supremo Tribunal Federal pisou na bola e assumiu a vez do Legislativo. Os ministros do Supremo legislaram para um País. Eles foram escolhidos por uma pessoa, nós não votamos na eleição deles. Os mais de 130 milhões de eleitores não foram ouvidos porque o Poder Legislativo não teve vez de opinar sobre isso. A Constituição permite à Câmara dos Deputados, se tivesse um pouco mais de coragem, no artigo 49, inciso 11, sustar qualquer invasão de seus poderes por qualquer outro Poder contando com a garantia das Forças Armadas. O Congresso foi omisso e deixou prevalecer uma decisão do Supremo Tribunal. Criaram uma lei, legalizando o casamento homossexual. Eu não sou contra a união, a amizade, a escolha de cada um.

O Diário - Como assim?
Dom Anuar Battisti - Cada um é responsável pelos seus atos e vai responder por eles. Nunca vou concordar, enquanto estiver nesta terra, que dois homens ou duas mulheres possam constituir família. A família é aquela que gera, portanto, é um homem e uma mulher. Dois homens ou duas mulheres nunca terão uma prole. Um homem e uma mulher que não podem ter filhos podem adotar uma criança, que terá carinho do pai e da mãe. O carinho de mãe é único e o pai nunca vai, em nenhuma situação, por mais afetivo e carinhoso que seja, suprir a necessidade da mãe. Mesmo os casais homossexuais adotando filho, ele vai ser criado com amor, mas nunca o amor de pai e mãe. Isso acontece também nos casais ‘normais’ quando um dos dois é omisso na educação dos filhos. Eu não sou contra, cada um é responsável pelos seus atos. Eu respeito, mas não concordo.

O Diário - Há falta de novos padres? Como a igreja enfrenta esse problema?
Dom Anuar Battisti - Na igreja do Brasil, temos 18 mil padres. Existe mais uma falta de distribuição do clero do que propriamente uma falta. Como diminuiu a população na zona rural, consequentemente os padres vieram para a cidade. Temos muitos sacerdotes professores, que não trabalham só em paróquias, mas também na educação. Vamos sempre sentir a falta do padre. Nunca vamos ter padre sobrando. [A igreja] é a única empresa que tem emprego garantido e estabilidade para o resto da vida. Estamos com 32 seminaristas jovens fazendo Filosofia e Teologia no seminário em Maringá. É um número satisfatório para a nossa realidade de 28 municípios, 55 paróquias e 700 mil habitantes. E também estamos com 17 candidatos se preparando para entrar no seminário no ano que vem.

Jovens têm mais vantagens para financiar a casa própria

O gerente administrativo Clayton Jakovski, 27 anos, acaba de fechar o negócio que procurava desde o início do ano. "Há tempos estava de olho em uma boa oportunidade para comprar imóvel em Maringá. Finalmente, a chance surgiu", diz. Ele comprou um apartamento de três quartos, com 90 metros quadrados, no Parque da Gávea, onde vai morar com a futura esposa, de 25 anos.
O gerente vai financiar 80% dos R$ 213 mil e percebeu que as condições de crédito foram facilitadas para ele. "Foi muito rápido! Eu já tinha feito o cadastro no estande de um banco durante a realização da Expoingá", diz Clayton.
Pessoas como ele, jovens e com emprego estável, são as mais desejadas por quem financia imóveis. Só pela Caixa Econômica Federal, 58,5% dos financiamentos são destinados a pessoas com até 35 anos.
De acordo com o presidente da Central de Negócios Imobiliários (CNI) de Maringá e vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) para assuntos imobiliários, Marco Tadeu Barbosa, a faixa entre 27 e 35 anos é a que mais demanda imóveis no município.
"Geralmente são pessoas que estão se estabilizando profissionalmente e buscam o primeiro imóvel", explica Barbosa. A CNI representa 70 imobiliárias de Maringá.
Quanto mais jovem, maior é a vantagem para o pagamento das parcelas. Isso porque o seguro de vida, taxa cobrada no financiamento, é calculado de acordo com a faixa etária do proponente. Além disso, pode ser diluída por mais tempo.
No momento do cálculo da operação, a instituição financiadora calcula a expectativa de vida do mutuário. Quanto mais jovem, maior é a expectativa de vida e o tempo em que o seguro de vida pode ser parcelado. "Além disso, as pessoas mais jovens não se intimidam em fazer um financiamento longo. Já para uma pessoa de 70 anos é mais complicado", compara Barbosa.
Os imóveis mais procurados pela faixa jovem em Maringá são casas, com dois ou três quartos. Os apartamentos são considerados mais seguros, mas nas residências tradicionais são valorizados aspectos como quintal, gramado, jardim e espaço para churrasqueira.
No caso de Clayton, o apartamento foi uma opção devido ao alto grau de valorização. "Comprei na planta e o imóvel deverá ficar pronto em 2014. Até lá, minha previsão é que a valorização seja de R$ 53 mil", projeta.

Diferença
O seguro de vida por Morte e Invalidez Permanente (MIP) é uma das taxas embutidas no financiamento imobiliário, assim como as taxas de administração.
De acordo com a CEF, que lidera o segmento de financiamento habitacional no País, o seguro cobre riscos de natureza pessoal e é incorporado na prestação mensal e é definido de acordo coma faixa etária do proponente.
Conforme aumenta a idade, o valor do seguro de vida no financiamento imobiliário também sobe. De acordo com as alíquotas fornecidas pela Caixa, o valor do seguro muda consideravelmente no financiamento para uma pessoa de 18 e outra de 80 anos.
Para um mesmo financiamento de R$ 150.000, o valor do seguro para alguém de 18 anos é obtida pela multiplicação do valor pelo fator 0,000115, resultando num seguro de R$ 17,25. Para uma pessoa de 80 anos, o fator é 0,006448, totalizando R$ 967,20.
Contas

Aberta a temporada de contratações: 1,8 mil vagas para o Natal

A temporada de contratações no comércio para as vendas de fim de ano está aberta. Há várias oportunidades em lojas que vão ser inauguradas no próximos meses e algumas empresas já começaram a selecionar interessados para nas vagas temporárias.

Nas contas da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), vão ser necessárias 1,8 mil pessoas só para atender o crescimento das vendas no período do Natal.
Atualmente, a maior demanda se concentra nos shoppings. O Catuaí Maringá vai ganhar 14 lojas novas nos próximos meses.
No Maringá Park, vão ser inauguradas 11 operações e no Shopping Cidade, onde esta semana vão ser abertas 6 empresas na nova praça de alimentação, ainda há vagas que precisam ser preenchidas. Ao lado do Avenida Center, que passa por ampliação, só a Havan busca 150 profissionais.
"Se pretende buscar um emprego neste fim de ano, esta é a hora de se mostrar para o mercado", afirma a diretora da agência de empregos Job Center, Silvana Cavalini Carstens.
Rafael Silva
Para os especialistas em RH, quem quer trabalhar neste fim do ano já deve começar a procurar as vagas
Na avaliação da assistente administrativa da Keeper Recursos Humanos, Crislene Lira, é importante que o candidato encare a vaga temporária como uma oportunidade de se fixar no mercado. "É um jeito de entrar e mostrar serviço e, além disso, o trabalho temporário vai servir como experiência", diz.
"Os temporários nunca chegam a ser temporários. Tem as férias para cobrir em janeiro e fevereiro e, no final, acaba fixando todo mundo", afirma o empresário Lauri Galina, dono de sete franquias da loja O Boticário. Seja em agências de emprego ou diretamente nas empresas, a orientação é distribuir currículos, mesmo para aqueles que não têm nenhuma experiência profissional.
"Abrimos 80 vagas e estamos com dificuldade de contratar, mesmo dando oportunidades para o primeiro emprego", afirma o franqueado do Mc’Donalds em Maringá, Gilmar Leal Santos, que vai inaugurar mais uma loja no Novo Centro.
"Não precisa nem ter experiência, mas queremos pessoas comprometidas, com vontade de trabalhar", diz a gerente de RH do grupo Bonny e B1, Solange Santos.
Trabelhe
  • Shopping Catuaí Maringá - 50 vagas em aberto, estimativa de 300 temporários. Informações: www.catuaimaringa.com.br – (Mural de Empregos)
  • Shopping Cidade - 40 vagas em aberto; estimativa de 200 temporários. Levar currículo diretamente nas lojas
  • Shopping Avenida Center - 550 vagas entre temporários e fixo.
  • Informações: Av. Mauá, 3094, ou no www.avenidacenter.com.br. (Trabalhe Conosco)
  • Havan - 150 empregos fixos Levar currículo na Av. Paraná, 692, ou encaminhar pelo e-mail: rhmaringaavenida@havan.com.br
  • Shopping Maringá Park - 40 vagas em aberto, estimativa de 200 temporários. Levar currículo balcão de informações do shopping ou acessar www.maringapark.com.br (Trabalhe Conosco)
  • Lojas Mil - 20 vagas temporárias. Deixar currículo na loja
  • Casas Ajita - 30 temporárias. Deixar currículo na loja
  • Grupo Bonny e B1 - 10 empregos fixos e 25 temporários. Deixar currículo na loja
  • Rede Audithorium - 5 empregos fixos e 32 temporários. Deixar currículo na loja
  • O Boticário - 15 temporárias. Deixar currículo na loja.
  • Mc’Donalds - 80 empregos fixos Deixar currículo na loja.

Há vagas ainda na Agência do Trabalhador de Maringá:

  • Vendedor - 46 vagas
  • Operador de caixa - 11 vagas
  • Serviços gerais - 158 vagas
  • Auxiliar de produção - 128 vagas
  • Costureira - 55 vagas
Informações: Av. Joubert de Carvalho, 675, Centro.
E o seu natal?
Cecília de Oliveira, agricultora
"Vai ser como no ano passado.
Eu comprei geladeira e uma
televisão. Agora quero comprar
um carro"
Sueli Fedrigo, costureira
"Quero comprar um carro. É mais
por necessidade do que por
vontade. Vamos ver se consigo"
Florenço Alves Pego, corretor
"Vou ter uma renda extra, com
o 13º salário. Preciso trocar a
geladeira e a televisão de casa"
Claudinei Aparecido da Silva,
corretor
"Não vou gastar com nada. Já
estou gastando de mais com
problemas de saúde. Tenho
que segurar"

Saiba o que acelera a desvalorização do seu carro

O segurança Israel Sampaio Teixeira está contente da vida. Com um carro praticamente zerado na garagem, comemora o que ele considera ter sido um ótimo negócio. Comprou um compacto ano e modelo 2011, com apenas quatro mil quilômetros rodados, por R$ 31 mil. Para tirar o mesmo veículo da concessionária gastaria pelo menos R$ 34 mil.

O segurança admite que, se fosse ficar com o seu carro antigo, ano 2001, que registrava mais de 50 mil quilômetros rodados, provavelmente teria de gastar cerca de R$ 3 mil para fazer um conserto ali e outro reparo aqui. "Para mim foi vantagem. Estou com um carro zero na garagem e nem precisei correr atrás de emplacamento", conta Israel Teixeira.

Já não é nenhuma novidade que veículos são bens de consumo e não investimentos. É tirar da concessionária e já sentir a desvalorização. Em contrapartida, ter um carro zero, algo cada vez mais acessível à população, é uma decisão recheada de compensações, sendo uma das principais a garantia de que, em tese, por um bom tempo, o dono não terá dor de cabeça com manutenções.
Douglas Marçal
O segurança Israel contente da vida ao lado do seu carro praticamente zerado: "um bom negócio"
Bem de consumo
O economista Antonio Agenor Denardi, professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e membro do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR), explica que são dois os principais motivos que impedem os veículos de serem reservas de valor: o desgaste físico e a obsolescência.

Zero é bom
"Pode-se andar em torno
de três anos com um carro
zero sem problemas mecânicos"
Antonio Agenor Denardi
Economista e professor da UEM
"Carro não é reserva de valor. Perde valor tanto pela depreciação natural como também pelo avanço tecnológico. A cada ano lançam um modelo mais ‘inovador’ tecnologicamente. Por volta de abril do ano atual, grande parte das marcas já lança os modelos do próximo ano", afirma Denardi.

Três anos com o carro
Para o economista, quem compra um zero quilômetro certamente terá um carro bom e longe de problemas por três, quatro anos ou mais. "Pode-se andar em torno de três anos com um carro zero sem problemas mecânicos. O prazo economicamente interessante é de três ou quatro anos de uso. É preciso levar em conta o prazo de garantia das concessionárias e ficar de olho nos preços de mercado", recomenda.

Não só zero
Para Denardi, o momento também é favorável para a compra de carros seminovos, que, claro, estejam conservados e com pouca rodagem. Segundo o economista, essa opção é mais recomendada para quem não usa tanto o carro no dia a dia. "Você compra um carro com dois ou três anos de uso que tem condição de atender por muito tempo, sem gastos com oficina".
O Dono pode evitar a desvalorização
  • Uma série de fatores contribui para uma possível desvalorização do veículo. Alguns desses fatores são inevitáveis, afinal de contas vivemos sob a égide da lei da oferta e da procura. Outros fatores, no entanto, dependem das atitudes e escolhas do proprietário do carro.
  • A cor da moda é o branco, mas carros pratas ou pretos sempre são mais fáceis de vender. Cores gritantes não desvalorizam o carro, mas certamente dificultam nahora da venda.
  • Quanto mais alto é o valor do carro, maior pode ser o valor de desvalorização. O dono de um carro que custa R$ 100 mil perderá R$ 20 mil se o veículo desvalorizar 20%. Já o dono de um carro que custa R$ 30 mil perderá R$ 6 mil com a mesma suposta taxa de desvalorização.
  • Carros de marcas tradicionais e que possuem fábrica no Brasil costumam se desvalorizar menos. Mas grande parte das marcas importadas vindas inclusive de fora, da Europa e dos EUA, também já tem fábrica no Brasil.
  • Evite tirar a originalidade do veículo. Um insufilm ou outro acessório até vai, mas mexer no motor e na suspensão do carro, para dar mais potência ou rebaixar, podem desvalorizá-lo.
  • O cuidado deve ser grande com o ar-condicionado que não vem de fábrica. Se o serviço não for bem feito, pode até influenciar no pleno funcionamento do motor e, claro, desvalorizar também o veículo.
  • Carro batido perde valor na mercadoria.
  • Tem público para tudo. Carros completos são mais procurados, mas carros
  • sem muitos opcionais também são vendidos facilmente para quem quer pagar mais barato pelo veículo.
  • Cuide sempre do seu carro! Na hora de vender, os conservados levam vantagem.