O custo para equipar 50 dos 306 homens da GM com a arma não letal – que dispara descarga elétrica capaz de paralisar um adulto por até 30 segundos – será de R$ 512 mil. Do total, cerca de R$ 15 mil (3%) são de contrapartida do município. "Como só existe uma empresa no mercado que vende esse equipamento, não há necessidade de licitação", explicou Mantovani.
Arquivo DNP
Com as armas de choque, guardas
municipais terão mais força no embate
com marginais
No fórum da Guarda Municipal, o diretor de relações sindicais da Federação Nacional dos Guardas Municipais, Maurício Navael da Silva, defendeu o equipamento. Segundo Navael, para o guarda municipal dar segurança à população, ele precisa se sentir seguro.
"Sem isso, há o risco de o profissional deixar de cumprir seu papel. Muitos guardas preferem responder por omissão que correr riscos no enfrentamento de criminosos", afirma.
Tanto entre os guardas patrimoniais, que fazem o plantão em prédios públicos, quanto os operacionais, que atuam na rua, o apoio à aquisição da pistola Taser é unânime. "Não conheço nenhum guarda que seja contra o uso da Taser", diz Renato de Lucena. "Com ela é possível imobilizar um animal que esteja atacando uma pessoa ou até mesmo conter um suicida", acrescenta.
Em três anos como operacional na GM, Reginaldo Souza cansou de ouvir histórias de colegas agredidos em rondas pela cidade. Com a Taser, diz ele, o criminoso pensará duas vezes antes de atacar o guarda municipal. "A Taser é uma excelente opção na realidade de um governo que não aceita que a Guarda use arma de fogo", opina Souza.
Mais equipamentos
Questionado sobre os R$ 400 mil repassados pela Câmara à GM, Mantovani disse que o dinheiro será utilizado na compra – por meio de licitação – de rádios GPS, duas caminhonetes e uma van, todos caracterizados e equipados com giroflex. O dinheiro poupado pelos vereadores ajudará na ronda aos 210 pontos do patrimônio público municipal.
Fevereiro de 2009 – Uso da polêmica pistola Taser pela Guarda Municipal de Maringá começa a ser discutido. Equipamento dispara uma descarga elétrica de até 50 mil volts e tem efeito paralisante. O equipamento foi inventado por uma empresa especializada em armamentos nos Estados Unidos, em 2000, e é utilizada em pelo menos 45 países.
Abril de 2009 – Patrulheiros da Guarda Municipal iniciam curso de capacitação antes de serem equipados com a pistola Taser. Curso de 400 horas é ministrado pela Escola de Formação de Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiros.
Dezembro de 2010 – Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) se reúne para discutir a aquisição de pistolas Taser, consideradas armas não-letais. Compra seria possível por meio de verba aprovada pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).
Janeiro de 2011 – Em entrevista para O Diário, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Reinaldo de Almeida César Sobrinho, defende a Guarda Municipal armada.
Fevereiro de 2011 – Câmara de Maringá aprova projeto de lei, de autoria de vereador Saboia (PMN), permitindo o uso de armas não letais pela Guarda Municipal. Em 2010, o polêmico projeto havia sido retirado da pauta de votações por duas vezes.
Agosto de 2011 – Durante o 1º Fórum da Guarda Municipal, o diretor de Defesa Social da Prefeitura, Paulo Mantovani, diz que dinheiro para a compra das pistolas Taser será liberado em "no máximo 30 dias".
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