Neste ano, a reitoria da UEM começou a discutir a possibilidade de licitação de uma nova cantina, anexa ao Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), que abriria um modelo para regularização das outras cantinas e dos pontos de xerox.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) se opôs ao modo como a discussão vinha sendo conduzida, por entender que poderia se acabar o único modo de financiamento das entidades estudantis da UEM. Desde então, o assunto continua a ser debatido pelas conselhos superiores da universidade.
Rafael Silva
O DCE, por exemplo, receba R$ 5,5 mil
mensais de três cantinas e dois pontos
de xerox do câmpus sede
Posição
O membro do DCE Bartolomeu Parreira Nascimento afirma que reduzir o movimento de ocupação a uma represália é uma simplificação "absurda". Ele diz que a entidade não é contra a licitação dos pontos, mas cobra que ela seja feita de modo a garantir a continuidade da autonomia das entidades representativas dos estudantes. "Imagina, para nós a regularização seria um grande benefício", afirma.
Segundo Nascimento, não se pode fazer relação entre os preços cobrados nos pontos e a renda do DCE, pois a entidade apenas recebe aluguel pela ocupação dos espaços, independendo do lucro dos empresários. "Tanto é que uma de nossas bandeiras foi a redução do preço do xerox", diz o estudante.
Nascimento afirma que a renda mensal do DCE gira em torno de R$ 5,5 mil por mês, vinda do aluguel das três cantinas da UEM e de dois pontos de xerox. Os demais estabelecimentos de xerox são alugados por Centros Acadêmicos de diversos cursos.
"Isso não é mordomia nenhuma, é a única forma de financiar o movimento estudantil, de trazer ônibus dos outros campi, de fazermos panfletos", diz.
O DCE da UEM tem a política de não cobrar por entradas em eventos que promove. Segundo Nascimento, historicamente as entidades estudantis universitárias são financiadas ou pelo aluguel de espaços ou pela venda de bebidas. "E nós não estamos pedindo para vender álcool, como na USP, por exemplo", diz.
Administração
A reitoria da UEM afirma que não se pronunciará sobre o assunto até que o assunto seja debatido no Conselho de Administração da instituição.
Dentro da série de reportagens de O Diário sobre a estrutura da UEM, confira o checklist das instalações do câmpus de Maringá. Leia, ainda nesta semana, a repercussão junto aos deputados estaduais da cidade
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