sábado, 16 de julho de 2011

Construção civil bate recorde no semestre em Maringá

A construção civil de Maringá bateu recorde no primeiro semestre deste ano, com 546.414,39 metros quadrados de área liberada pela prefeitura para obras, todas em alvenaria. O volume é 12% superior ao registrado em igual período do ano passado e supera o calculado durante 1 ano desde 2000.
As explicações para o recorde vão desde a conjuntura política e econômica do País – o aumento do poder aquisitivo aliado ao aumento das linhas de financiamento para habitação – à situação econômica local. A safra de soja foi favorável e, tradicionalmente, o bom resultado na lavoura é revertido em investimentos imobiliários na cidade polo.
Rafael Silva
Maior parte dos projetos aprovados pela Prefeitura de Maringá no primeiro semestre do ano foi de unidades residenciais; depois vêm comerciais e industriais
Do total de obras aprovadas pela Secretaria Municipal de Controle Urbano e Obras Públicas nos primeiros seis meses deste ano, 1.665 são projetos residenciais, 153 são comerciais e 12 são industriais. A área total da construção no primeiro semestre já corresponde ao crescimento da cidade registrado durante o ano inteiro de 2000 (520 mil metros quadrados), 2001 (529 mil) e 2002 (501 mil). Mantendo o atual ritmo, até o final deste mês também já será superado o total construído em todo o ano de 2006. 
O mês de junho foi o recordista em metragem liberada para obras – 169,8 mil metros quadrados, média de 5.600 metros quadrados por dia, o equivalente a 31% do total dos últimos 6 meses. Outro recorde do mês passado é o número de projetos residenciais aprovados, 447 em 30 dias.
O secretário Laércio Barbão (Controle Urbano e Obras Públicas), dá os créditos para o programa federal Minha Casa, Minha Vida. "A gente estima que cerca de 60% dos imóveis que temos aprovado se encaixam no Minha Casa", diz. Desde fevereiro, o teto do valor de imóveis para financiamentos pelo programa aumentou de R$ 100 mil para R$ 130 mil.
Segundo Barbão, outro ponto que tem favorecido o avanço da construção é a disposição dos equipamentos urbanos pela cidade. "Nós estamos fazendo uma boa distribuição da área de saúde e educação. Qualquer loteamento está ficando próximo de creche, escola ou posto de saúde. Isso facilita muito para que a pessoa construa para morar, porque ela não está isolada",diz.
A avaliação de que a melhora na construção está atrelada à economia também é apontada pela administração municipal, que descarta que mudanças recentes, como o desbloqueio das zonas de contenção e liberação de condomínios na zona rural, já tenham causado impacto no mercado.
"A cidade está em um ritmo de aquecimento acelerado. A economia melhorou e Maringá tem crescido junto", diz o secretário municipal Walter Progiante (Planejamento).
Ainda são poucos os projetos que visam a construção de empreendimentos residenciais na zona rural – as exigências são muitas, como garantir a infraestrutura que ligue o loteamento à malha urbana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário