O número de desligamentos espontâneos em Maringá aumentou 121,16% nos últimos 5 anos. É o que apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Na comparação dos 5 primeiros meses do ano, em 2011 foram 12.597 pedidos de demissão, contra 9.424 em 2010. Em 2007, foram 5.696 registros.
A quantidade de demissões por iniciativa do trabalhador aumentou cinco vezes mais que os afastamentos por iniciativa do empregador (demissões sem justa causa), na mesma base de comparação. Os desligamentos forçados cresceram 21,9% no período.
O crescimento dos desligamentos espontâneos coincide com os períodos de maior geração de emprego em Maringá. Nos 5 primeiros meses do ano passado, o saldo foi de 5.115 novas vagas registradas em carteira. Até maio de 2011, o saldo foi de 4.839 postos de trabalho.
O economista Natalino Henrique Medeiros, pós-doutor em Economia e
professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), diz que quando há mais oferta do que demanda por trabalho, o trabalhador ganha poder de barganha. "Nessa condição, ele pode optar por um emprego que pague melhor salário ou outros benefícios", explica.
Medeiros afirma que o mercado de trabalho em Maringá, alinhado ao que acontece no cenário nacional, está passando por um surto de crescimento.
"Falta mão de obra qualificada e as empresas se veem obrigadas a oferecer qualificação no próprio local de trabalho, investindo no que serão seus futuros gerentes e outros profissionais", comenta.
A empresa especializada em programas computacionais para prefeituras Elotech, que tem cerca de 60 profissionais altamente especializados em tecnologia da informação, sofre com o assédio da concorrência.
Ultimamente, alguns funcionários da empresa pediram demissão para trabalhar em empresas de várias capitais brasileiras.
O empresário Marco Andrade reage ao assédio com muito diálogo e um pacote de benefícios. "Estamos sempre abertos ao diálogo quando alguém quer deixar a empresa Acredito que o ambiente de trabalho é um dos fatores que pesam na decisão", comenta Andrade. Entre plano de saúde, vale alimentação e outros benefícios, o salário dos funcionários aumenta até 30%. "Estamos pagando mais que a concorrência para manter os funcionários."
Educação
Para o economista, o trabalhador brasileiro está menos dependente de sindicatos e com mais consciência de que a educação é fator fundamental na elevação salarial. "Há uma conscientização crescente da necessidade de qualificação. Mesmo naqueles que têm somente nível técnico, incute-se a necessidade de fazer um curso superior", avalia Medeiros.
É o caso da jornalista Ana Carolina Alves, 21 anos, que conclui o curso de graduação este ano. Em março, ela trocou de emprego e teve aumento de 100% na remuneração.
"Não pensei duas vezes, tanto que pedi demissão antes de saber o resultado do processo seletivo na nova empresa", diz Ana Carolina, que agora trabalha como assessora de comunicação de uma empresa do ramo imobiliário. Ela acredita que especialização é o caminho do sucesso.
"Vou continuar a me especializar nesse ramo, o imobiliário, pois sei que ficará ainda mais fácil conseguir emprego cada vez melhor."
Balanço
Você mudou ou pensou em mudar de emprego nos últimos 5 meses?
A quantidade de demissões por iniciativa do trabalhador aumentou cinco vezes mais que os afastamentos por iniciativa do empregador (demissões sem justa causa), na mesma base de comparação. Os desligamentos forçados cresceram 21,9% no período.
O crescimento dos desligamentos espontâneos coincide com os períodos de maior geração de emprego em Maringá. Nos 5 primeiros meses do ano passado, o saldo foi de 5.115 novas vagas registradas em carteira. Até maio de 2011, o saldo foi de 4.839 postos de trabalho.
O economista Natalino Henrique Medeiros, pós-doutor em Economia e
professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), diz que quando há mais oferta do que demanda por trabalho, o trabalhador ganha poder de barganha. "Nessa condição, ele pode optar por um emprego que pague melhor salário ou outros benefícios", explica.
Medeiros afirma que o mercado de trabalho em Maringá, alinhado ao que acontece no cenário nacional, está passando por um surto de crescimento.
"Falta mão de obra qualificada e as empresas se veem obrigadas a oferecer qualificação no próprio local de trabalho, investindo no que serão seus futuros gerentes e outros profissionais", comenta.
A empresa especializada em programas computacionais para prefeituras Elotech, que tem cerca de 60 profissionais altamente especializados em tecnologia da informação, sofre com o assédio da concorrência.
Ultimamente, alguns funcionários da empresa pediram demissão para trabalhar em empresas de várias capitais brasileiras.
O empresário Marco Andrade reage ao assédio com muito diálogo e um pacote de benefícios. "Estamos sempre abertos ao diálogo quando alguém quer deixar a empresa Acredito que o ambiente de trabalho é um dos fatores que pesam na decisão", comenta Andrade. Entre plano de saúde, vale alimentação e outros benefícios, o salário dos funcionários aumenta até 30%. "Estamos pagando mais que a concorrência para manter os funcionários."
Educação
Para o economista, o trabalhador brasileiro está menos dependente de sindicatos e com mais consciência de que a educação é fator fundamental na elevação salarial. "Há uma conscientização crescente da necessidade de qualificação. Mesmo naqueles que têm somente nível técnico, incute-se a necessidade de fazer um curso superior", avalia Medeiros.
É o caso da jornalista Ana Carolina Alves, 21 anos, que conclui o curso de graduação este ano. Em março, ela trocou de emprego e teve aumento de 100% na remuneração.
"Não pensei duas vezes, tanto que pedi demissão antes de saber o resultado do processo seletivo na nova empresa", diz Ana Carolina, que agora trabalha como assessora de comunicação de uma empresa do ramo imobiliário. Ela acredita que especialização é o caminho do sucesso.
"Vou continuar a me especializar nesse ramo, o imobiliário, pois sei que ficará ainda mais fácil conseguir emprego cada vez melhor."
Maycon Souza Araújo, 20,
vendedor
"Estou num ramo onde quanto
"Estou num ramo onde quanto
mais se trabalha, melhor se
ganha. Por enquanto não penso
em mudar"
Esilaine Miranda, 34, auxiliar de
lavanderia
"Quero mudar para ganhar mais.
"Quero mudar para ganhar mais.
Para isso, estou me qualificando,
fazendo um curso para poder
procurar outro emprego"
Luís Gabriel Santana, 19 anos,
balconista
"Mudei de emprego, mas ainda
"Mudei de emprego, mas ainda
não estou satisfeito com a
remuneração. Quero estudar para
passar em um concurso"
José Gomes de Oliveira, 29,
encarregado de açougue
"Minha remuneração é razoável,
"Minha remuneração é razoável,
não vou dizer que é boa, mas
não penso em trocar de emprego
no momento"
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