quinta-feira, 28 de julho de 2011

Grupo se reúne para defender geminadas

O Movimento em Defesa das Casas Geminadas fará na próxima terça-feira, às 19h30, na Câmara Municipal, uma reunião para defender a construção desse tipo de imóvel em Maringá. Projeto aprovado recentemente no Legislativo restringe a divisão de lotes e, consequentemente, a construção das geminadas.
"Faremos uma atividade pública, e vamos utilizar a reunião para sensibilizar os vereadores que votaram no projeto para rever seus posicionamentos", afirmam os representantes do movimento, André Saulo Sanches e Cleiton Damasceno.
Cerca de 60 pessoas integram o grupo. Elas alegam que com a proibição de novas casas geminadas, o preço dos imóveis vai subir. "As geminadas são um jeito de fazer um imóvel ser vendido por um preço menor. A proibição vai acabar reduzindo o número de possíveis compradores, e inviabilizando financiamentos como o ‘Minha Casa’", diz Damasceno.
Pelo texto do projeto, apenas lotes a partir de 400 metros quadrados poderão ser subdivididos para construção de duas casas. "No entanto, terrenos desse tamanho ainda não existem. O lotes de 400 metros quadrados serão em novos loteamentos, que ainda vão ser executados pela prefeitura", afirma Sanches.

"Armadilha"
Os representantes do grupo dizem ainda que o prazo de 1 ano para cadastramento de proprietários de terrenos com mais de um dono é "uma grande armadilha". "Depois desse prazo, o cadastro é intransferível. A lei não garante que possa ser vendido depois", defende Damasceno.
Para o grupo, os maiores beneficiados com a proibição são grandes construtores. "Se uma pessoa desejar financiar um imóvel pelo Minha Casa, Minha Vida, cujo teto de valor é de R$ 130 mil, por exemplo, e essa lei estiver em vigor, não será possível encontrar casas com esse preço", dizem.
O Diário adiantou, na semana anterior à votação do projeto, a intenção do governo municipal em exigir o cadastramento dos interessados em subdividir os lotes para a construção de casas geminadas. Na ocasião, o governo não informou que só seria aceito o cadastro de quem comprou os terrenos em sociedade. O número de lotes afetados pela medida é desconhecido.

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