sábado, 20 de agosto de 2011

Celulares superam em 11% o número de moradores

O noroeste do Paraná, onde o código de área é o 44, alcançou a marca de 2,101 milhões de acessos a celular em junho de 2011, de acordo com a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). A região, com 122 municípios, tem população de 1,878 milhão. Os celulares em operação superam em 11% o número de moradores .
A área, que tem Maringá como principal cidade, teve em junho crescimento de 16,62% nas linhas móveis ante o mesmo mês em 2010. Foi terceiro maior crescimento registrado no Paraná, atrás das regiões de Londrina (23%) e Ponta Grossa (22%). A região de Curitiba registrou incremento de 14%. O Paraná tem 12,188 milhões de celulares, mais que o total de habitantes, que é de 10,439 milhões.
Mesmo com o crescimento na adesão a linhas de telefonia móvel, a região ainda sofre com problemas na cobertura. Algumas localidades dependem de uma única operadora, sem poder aproveitar as promoções e os benefícios da portabilidade.
São os casos de Doutor Camargo e Ivatuba. Os moradores dos dois municípios, que juntos somam 8,7 mil habitantes, contam apenas com os serviços da Claro. "Já foi feito um pedido, há 2 anos, para que outra operadora entre no município. As pessoas querem aproveitar as promoções e ter alternativas", diz o chefe de Gabinete da Prefeitura de Doutor Camargo, José Luiz Dalécio.
Em Iguaraçu, a única operadora disponível é a Oi, graças a uma antena instalada em uma rádio. Em Lobato, os moradores contam apenas com o serviço da TIM. Uma indústria de leite instalou uma torre, por conta própria, e acabou proporcionando a cobertura para o restante da população, de 4.392 habitantes.
Área 44, com Maringá como cidade-polo, tem 2,101 milhões de acessos
"Estamos fazendo um levantamento para poder elaborar ofícios para as operadoras. Mas acho que elas deveriam se mobilizar para oferecer o serviço, já que o telefone fixo está fadado a desaparecer", diz o prefeito de Lobato, Fábio Chicarolli (PL).
Das operadoras que atuam no noroeste paranaense, a TIM lidera o mercado, com 56,82% das linhas, ou 1,193 milhões de celulares. A Claro é a vice-líder, com 17,4% do mercado, seguida pela Vivo, com 15,27%. A Oi tem 10,5% das linhas no noroeste. A Claro foi a única operadora que ganhou fatia de mercado no ano. Em junho de 2010, tinha 16,56% das linhas do noroeste.

Investimentos
Na área 44, a TIM está presente em 76 municípios, com cobertura em 90,7% da população urbana, segundo a operadora. Para ampliar a cobertura, a empresa planeja, ainda para 2011, investimentos para levar o sinal a Tuneiras do Oeste e Doutor Camargo e cobertura 3G para mais quatro municípios: Paranavaí, Campo Mourão, Nova Esperança e Cianorte.
"Já contam com o 3G da TIM na região as cidades de Maringá, Sarandi e Astorga. Somente no primeiro semestre de 2011 outras 36 já receberam melhorias em 2G", diz o diretor comercial da TIM no Paraná e Santa Catarina, Alexandre Ratacheski.
A região é estratégica para o negócio da TIM Brasil e o mercado sinaliza ainda oportunidades de crescimento. "A estratégia da operadora para manter a preferência na região 44 contempla as particularidades do mercado local, além de atuar na constante qualificação da rede de parceiros corporativos e na ampliação da presença da marca e dos produtos nas lojas próprias, nas grandes redes de varejo e em pontos de venda alternativos", afirma Ratacheski.
A Claro, operadora que mais cresceu no ano, também quer ampliar a participação no noroeste paranaense. "A região do DDD 44 é uma aposta da Claro para o Paraná, já que percebemos nessas cidades um grande potencial", diz o diretor regional da Claro para Paraná e Santa Catarina, Eduardo Coutinho.
A operadora também promete ampliar a cobertura na região. "Há um amplo investimento em qualidade de cobertura e a implantação do 3G em novas cidades. Até o final deste mês, Campo Mourão e Cianorte já contarão com essa tecnologia", diz Coutinho.
A empresa inaugurou loja no Shopping Catuaí e abriu 21 novos pontos de venda no DDD 44 - seis lojas especializadas e 15 agentes autorizados não especializados.
As operadoras Oi e Vivo foram procuradas pela reportagem, mas não deram retorno.
Distribuição

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