Secretário diz que estuda novo modelo de concessão

O governo do Estado estuda adotar um novo modelo de concessão de rodovias para melhorar a qualidade da malha rodoviária paranaense. Além de proporcionar mais segurança e reduzir o número de mortes, o sistema resolveria o problema de pelo menos três trechos que precisam ser duplicados.
A novidade foi um dos assuntos tratados pelo secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, ontem em Maringá, onde participou do 15º Encontro Técnico do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR).
Ele diz que o governo negocia com todas as concessionárias para resolver antigas pendências e já conseguiu suspender, por seis meses, mais de 140 ações que tramitão na Justiça. "Com o diálogo, esperamos resolver boa parte dos problemas, incluindo reduções de custos, obras que deveria estar sendo executadas e não estão, assim por diante", disse.
Além de resolver os problemas antigos, as negociações envolvem estudos para a duplicação da PR-323, entre Maringá e Cianorte. "Ainda não sabemos como será, mas está pode ser sim uma solução, inclusive instalando neste trecho uma nova praça de pedágio, mas dentro de uma nova fórmula, que não onere tanto o usuário", ressalta.
Segundo o secretário, o trecho posterior, ligando Cianorte a Guaíra deve ser incluído no projeto de uma rodovia federal, que sairá do Mato Grosso em direção a Santa Catarina.

Ricardo Lopes

José Richa aproveitou para conhecer o novo parque gráfico de O Diário

"Nós pedimos à União, que o projeto seja direcionado para essa região e que chegue até Cianorte, resolvendo um problema antigo", declara.
O secretário não falou em prazo, mas adiantou que as negociações estão adiantadas, tanto com o governo federal, quanto com as concessionárias. Além do trecho Maringá-Cianorte, ele revelou que está sendo discutida uma nova concessão para atender à PR 445, que liga o entroncamento com a BR-376, próximo a Mauá da Serra, e o município de Primeiro de Maio.
"Além disso, discutimos com a concessionária da região de Maringá, a inclusão do trecho Paranavaí a Nova Londrina. Neste trecho, a concessionária já faz a manutenção e, se for possível esta ampliação do contrato, poderá passar a ser atendido pela empresa, inclusive colocando ali uma praça de pedágio", acrescenta.
Sobre o contorno de Mandaguari, que vai desviar o tráfego da BR-376 do Centro da cidade, o secretário garantiu que as obras começarão ainda neste ano. O projeto depende das desapropriações.
Para ele, em 60% da área os proprietários aceitaram as condições do Estado. "Neste trecho, as máquinas podem trabalhar imediatamente", afirma.

Extensão
81 é a distância em quilômetros entre Maringá e Cianorte, que precisa ser duplicada