Para o projeto passar a tramitar, seriam necessárias pelo menos 5 assinaturas. John foi além e terminou a sessão com o apoio de 8 colegas.
Para aprovar o projeto, na teoria, faltaria apenas 1 voto para chegar aos 10 necessários para a alteração na Lei Orgânica. "Mas 9 assinaturas não significa que já temos 9 votos [favoráveis]", avaliou John.
O vereador está ciente de que, na prática, a pressão da sociedade civil organizada – que reivindica a permanência em 15 cadeiras – pode levar alguns de seus apoiadores a desistir da ideia.
Recente pesquisa encomendada por O Diário revelou, no início do mês, que 85,3% dos eleitores são contra o aumento do número de cadeiras no Legislativo. Com o argumento de que a vontade popular deve ser respeitada, Humberto Henrique (PT) e Bravin (PP) – que no início dos debates defendiam 23 cadeiras – estão entre os 6 que se recusaram a assinar a proposta apresentada ontem.
Ricardo Lopes
John segura o projeto de 21 vagas; Dr. Saboia, Marly e Soni assinaram
Durante a sessão, John defendeu o consenso e alertou que o prazo limite para a alteração está próximo de expirar. Qualquer mudança, lembrou o vereador, deve ocorrer até um ano antes da eleição, ou seja, até o fim de setembro.
"Deixamos a ideia inicial de 23 vereadores e partimos para a proposta de recomposição do número de cadeiras. Mas, se não votarmos agora, vamos perder o prazo", justificou.
A proposta conta com a simpatia de vereadores que antes defendiam a permanência em 15, como Dr. Saboia (PMN) e Paulo Soni (PSB), e de parlamentares que queriam a representatividade máxima, entre eles Manoel Sobrinho (PC do B), Wellington Andrade (PRP) e Mário Verri (PT). "Não há mais motivo para votar contra 21 vereadores, porque vai haver economia", disse Soni.
Gastos
A economia a que Soni se referia está contemplada na proposta de John, que sugere que o limite de gastos da Câmara diminua de 5% da previsão orçamentária do município – teto previsto em le
O discurso de que o aumento da representatividade fortalece a democracia teve destaque na fala de Marly Silva (DEM). "O Negrão Sorriso [suplente do PP, que compareceu à sessão], por exemplo, poderia estar aqui representando o meio artístico, a raça negra e famílias de baixa renda, a quem ele tem constante acesso".
Entre aqueles que defendem abertamente a permanência em 15, apenas Flávio Vicente (PSDB) se pronunciou. "Acho que dá para continuar com os 15 vereadores de hoje e, ainda, abaixar [o limite de gastos] para 3,5%", argumentou o tucano.
Em entrevista à reportagem, ressaltou que todos os segmentos sociais que representa – entre eles estudantes universitários e professores, igrejas evangélicas e entidades de classe como o Rotary – são contrários ao aumento de vereadores.
Partidos
A proposta convenceu até quem dizia não abrir mão da representatividade máxima. Presente à sessão, o suplente do PRP e presidente municipal do partido, Ton Schiavone, disse que apoiará a proposta protocolada ontem.
"A posição do PRP é a mesma dos 12 partidos que defendem 23 vereadores, mas é possível chegar ao consenso em torno de 21".
Ele adiantou que levaria a questão para a reunião dos partidos, agendada para a noite de ontem, no Plenarinho da Câmara Municipal. Em julho, reportagem de O Diário revelou que quase a totalidade dos partidos políticos de Maringá defende o aumento para 23 vereadores.
Para entrar em tramitação, projeto de 21 vagas na Câmara precisava de 5 assinaturas, mas 9 vereadores aderiram à propositura. Confira:
Assinaram a proposta:
- John Alves (PMDB)
- Manoel Sobrinho (PC do B)
- Wellington Andrade (PRP)
- Luiz do Postinho (PRP)
- Marly Silva (DEM)
- Mário Verri (PT)
- Dr. Saboia (PMN)
- Paulo Soni (PSB)
- Zebrão (PP)
Não assinaram:
- Mário Hossokawa (PMDB)
- Humberto Henrique (PT)
- Heine Macieira (PP)
- Bravin (PP)
- Márcia Socreppa (PSDB)
- Flávio Vicente (PSDB)
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