O levantamento mostra ainda o crescimento do número de mulheres habilitadas nos últimos cinco anos. Nesse período, 21,4 mil mulheres tiraram CNH), saltando de 51,8 mil para as atuais 73,3 mil.
O aumento foi de quase 30%. Em 2006 Maringá tinha 146,5 mil motoristas habilitados, 35% do total eram mulheres e 65% homens. Hoje, a cidade tem 189,7 mil portadores de CNH e 38,65% são mulheres.
Londrina, com 251,8 mil motoristas, tem 87 mil mulheres habilitadas, o que representa 34,5%. Cerca de 3% menos que Maringá. Ponta Grossa, tem 115,4 mil habilitados, sendo que 37,7 são mulheres, pouco mais de 32,7% do total. E Guarapuava, a quarta cidade pesquisada, tem 62,2 mil motoristas, 20,2 mil mulheres (32,5%).
Seguro mais barato
Para a professora de psicologa Gescielly Tadei, do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), o crescimento no número de mulheres ao volante é compatível com a evolução da mulher na sociedade. A professor frisa que aprender a dirigir, atualmente, é tão importante quanto aprender a andar.
Segundo Gescielly Tadei, para atender mulheres que tem dificuldade de adaptação ao trânsito, a clínica do Cesumar abre pelo menos duas turmas por ano para trabalhar o medo de dirigir e observa que quase cem dos inscritos são mulheres.
"Mulher é mais detalhista e tem um cuidado maior em tudo que faz e leva isso para o trânsito. Dirige com extremo cuidado e por isso tem mais medo de assumir riscos que o homem, que dirige com a certeza de que nunca vai bater".
Mais cuidadosas
A avaliação da professora explica o que parece ser uma discrepância: o número de mulheres dirigindo aumenta quase na mesma proporção que os acidentes de trânsito. Entretanto, as mulheres se envolvem menos em acidentes, a ponto das seguradoras de veículos darem descontos de até 20%. "Se o proprietário do veículo for homem, o seguro vai custar mais", explica uma corretora que pediu para ter a identidade preservada.
Segundo ela, essa regra não é oficial, mas está automatizada no sistema de cálculos das seguradoras. "Não temos uma tabela para homens e outra para mulheres, mas ao colocar os dados o sistema já faz essa diferenciação", informou. Parte dessa diferença entre homens e mulheres, segundo Gescielly Tadei, surge em casa. "As meninas ganham bonecas e os meninos carrinhos. Dirigir é parte do homem, mas uma conquista difícil para as mulheres".
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