As famílias mais abastadas correspondem a oito em cada cem residências maringaenses, com renda média por morador acima de cinco salários mínimos, R$ 2.275. Com base na conta de três moradores por casa, isso corresponde a uma renda familiar superior a R$ 6,8 mil.
A média paranaense e brasileira para a essa faixa de renda é de cinco residências para cada cem. Na região, a média de famílias com renda superior a cinco salários per capita não chega a duas em cada cem.
O Censo apurou que em 82 % dos domicílios do País a renda média per capita é de até dois salários mínimos. À exceção de Maringá, todos os demais 24 municípios da região metropolitana têm mais residências que a média nacional com ganhos, por morador, de até dois salários – e por consequência, menos famílias com rendimentos mais altos.
Divulgação
Em Maringá, oito em cada cem residências têm renda renda per capita acima de cinco salários mínimos
Já na ponta mais baixa da tabela, as famílias maringaenses que não têm renda alguma estão distribuídas em 2.148 moradias, 1,8% do total. É um dos níveis mais baixos da região e menos da metade da média nacional.
Na comparação com as duas maiores cidades do Estado, Maringá bate Londrina, mas perde para Curitiba. Na capital, 13,9% dos domicílios têm renda superior a cinco salários por habitante. Em Londrina, 7,6%. Já as residências curitibanas com renda de até dois salários mínimos per capita correspondem a 59,9% do total. Entre os londrinenses, 72% estão nessa faixa.
Pobreza
O Censo 2010 também mostra que a pobreza mora logo ao lado de Maringá. As duas cidades mais pobres da região metropolitana são Sarandi e Paiçandu, locais onde mais de 90% dos domicílios têm renda per capita de até dois salários mínimos. O nível de rendimento está abaixo das médias do Estado e País.
Sarandi, com 82.247 habitantes, a principal cidade em fornecimento de mão de obra para Maringá, é o município mais pobre da região metropolitana de Maringá, de acordo com o Censo 2010.
Do total de residências de Sarandi, 92,3% têm renda média de até dois salários mínimos por morador. O município também apresenta a maior taxa de famílias sem renda alguma, 3,16%, o que corresponde a 816 domicílios.
Famílias com rendimento acima de cinco salários mínimos por pessoa são raras em Sarandi: 0,57%, ou 148 residências do total de 25.976 casas, menor porcentual dentre as 25 cidades da região metropolitana de Maringá.
A segunda cidade mais pobre é Paiçandu, que tem 32.941 moradores, com 91,64% das famílias com renda per capita de até dois salários mínimos.
No topo da tabela aparecem 0,68% do total de domicílios com renda per capita superior a cinco salários, o correspondente a 76 casas. Já 193 famílias da cidade, 1,72% do total, não possuem renda alguma.
A cidade com o maior porcentual de famílias sem renda é Flórida. A cidade tem 851 domicílios e 37 deles, 4,5%, são habitados por famílias sem renda.
"Esses números mostram que Sarandi e Paiçandu levam o ônus do desenvolvimento de Maringá. O preço dessa perversa segregação é a explosão da violência. A terra em Maringá é tratada como um investimento e quem não tem dinheiro para se instalar no município é jogado para a região", analisa a socióloga Ana Lúcia Rodrigues, coordenadora do Observatório das Metrópoles -- núcleo de estudos da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Rendimento per capita pelo censo 2010
Na comparação com as duas maiores cidades do Estado, Maringá bate Londrina, mas perde para Curitiba. Na capital, 13,9% dos domicílios têm renda superior a cinco salários por habitante. Em Londrina, 7,6%. Já as residências curitibanas com renda de até dois salários mínimos per capita correspondem a 59,9% do total. Entre os londrinenses, 72% estão nessa faixa.
Pobreza
O Censo 2010 também mostra que a pobreza mora logo ao lado de Maringá. As duas cidades mais pobres da região metropolitana são Sarandi e Paiçandu, locais onde mais de 90% dos domicílios têm renda per capita de até dois salários mínimos. O nível de rendimento está abaixo das médias do Estado e País.
Sarandi, com 82.247 habitantes, a principal cidade em fornecimento de mão de obra para Maringá, é o município mais pobre da região metropolitana de Maringá, de acordo com o Censo 2010.
Do total de residências de Sarandi, 92,3% têm renda média de até dois salários mínimos por morador. O município também apresenta a maior taxa de famílias sem renda alguma, 3,16%, o que corresponde a 816 domicílios.
Famílias com rendimento acima de cinco salários mínimos por pessoa são raras em Sarandi: 0,57%, ou 148 residências do total de 25.976 casas, menor porcentual dentre as 25 cidades da região metropolitana de Maringá.
A segunda cidade mais pobre é Paiçandu, que tem 32.941 moradores, com 91,64% das famílias com renda per capita de até dois salários mínimos.
No topo da tabela aparecem 0,68% do total de domicílios com renda per capita superior a cinco salários, o correspondente a 76 casas. Já 193 famílias da cidade, 1,72% do total, não possuem renda alguma.
A cidade com o maior porcentual de famílias sem renda é Flórida. A cidade tem 851 domicílios e 37 deles, 4,5%, são habitados por famílias sem renda.
"Esses números mostram que Sarandi e Paiçandu levam o ônus do desenvolvimento de Maringá. O preço dessa perversa segregação é a explosão da violência. A terra em Maringá é tratada como um investimento e quem não tem dinheiro para se instalar no município é jogado para a região", analisa a socióloga Ana Lúcia Rodrigues, coordenadora do Observatório das Metrópoles -- núcleo de estudos da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
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