terça-feira, 30 de agosto de 2011

Gaeco denuncia 11 pessoas por envolvimento em desmanche de veículos

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá ofereceu denúncia contra 11 pessoas por conta da Operação Tentáculos, realizada para desbaratar uma organização criminosa especializada em desmanche de veículos.
O caso começou a ser investigado pelo Gaeco após o roubo de um caminhão Mercedes Benz na Rodovia Votorantim, em Pilar do Sul, no Estado de São Paulo, em dezembro do ano passado. O veículo foi trazido para a empresa ACP Cabines, de Maringá, onde foi apreendido em vias de processo de desmontagem.
"O caso foi tratado pela polícia local como mero crime de receptação, mas o Gaeco conseguiu desvendar a autoria do assalto a mão armada praticado por Janderson Marcos Aparecido Pais, em companhia de outros integrantes da quadrilha", explica o promotor do Gaeco Laércio Januário de Almeida. A descoberta se deu através de interceptações telefônicas e gravações do dia a dia dos acusados.
Crítica
"O caso foi tratado pela
polícia local como mero
crime de receptação"
Laércio Januário de Almeida
Promotor de Justiça
Ao final da operação, o promotor decidiu apresentar denúncia de formação de quadrilha armada, lavagem de dinheiro, adulteração, receptação e falsidade ideológica contra Romeu Linhares Fraga Júnior, vulgo Gordo , e Marcelo Scabora, vulgo Sorvete, que eram os responsáveis pelas empresas ACP Auto Cabines e Paraná Motores; contra Renato Alexandre Moura e Sérgio Aparecido Sola, cujos nomes constam na razão social das empresas; e, contra os funcionários Oriel Joaquim de Oliveira, Márcio Ernandes Domingues e Ronildo de Sousa Coelho – vulgo Roni.Janderson Marcos Aparecido Pais, autor do assalto à mão armada contra o caminhoneiro no Estado de São Paulo, também foi denunciado por formação de quadrilha, pois de acordo com a denúncia, teria mantido contato com outros acusados para trazer o caminhão roubado a Maringá.
O Gaeco apresentou, ainda, denúncia de receptação contra Everaldo Correa, que adquiriu veículo roubado dos outros acusados.
Durante a operação, três dos acusados chegaram a ser presos temporariamente e foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas empresas ACP Auto Cabines e Paraná Motores. A reportagem tentou contato com as empresas, mas não conseguiu falar com nenhum dos acusados.


Prevaricação
O Gaeco ofertou denúncia de prevaricação contra os investigadores Paulo Ferreira e Everaldo Fernandes, da Polícia Civil de Maringá.
"Embora não se tenha demonstrado vínculo direto ou corrupção policial, eles freqüentavam as empresas e mantinham contatos com os empresários e funcionários denunciados", diz o promotor.
A reportagem conseguiu falar com Fernandes. Ele afirmou que se algum dia esteve numa das empresas foi para realizar o trabalho policial.

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