O caso começou a ser investigado pelo Gaeco após o roubo de um caminhão Mercedes Benz na Rodovia Votorantim, em Pilar do Sul, no Estado de São Paulo, em dezembro do ano passado. O veículo foi trazido para a empresa ACP Cabines, de Maringá, onde foi apreendido em vias de processo de desmontagem.
"O caso foi tratado pela polícia local como mero crime de receptação, mas o Gaeco conseguiu desvendar a autoria do assalto a mão armada praticado por Janderson Marcos Aparecido Pais, em companhia de outros integrantes da quadrilha", explica o promotor do Gaeco Laércio Januário de Almeida. A descoberta se deu através de interceptações telefônicas e gravações do dia a dia dos acusados.
Crítica
"O caso foi tratado pela
polícia local como mero
crime de receptação"
Laércio Januário de Almeida
Promotor de Justiça
Ao final da operação, o promotor decidiu apresentar denúncia de formação de quadrilha armada, lavagem de dinheiro, adulteração, receptação e falsidade ideológica contra Romeu Linhares Fraga Júnior, vulgo Gordo , e Marcelo Scabora, vulgo Sorvete, que eram os responsáveis pelas empresas ACP Auto Cabines e Paraná Motores; contra Renato Alexandre Moura e Sérgio Aparecido Sola, cujos nomes constam na razão social das empresas; e, contra os funcionários Oriel Joaquim de Oliveira, Márcio Ernandes Domingues e Ronildo de Sousa Coelho – vulgo Roni.Janderson Marcos Aparecido Pais, autor do assalto à mão armada contra o caminhoneiro no Estado de São Paulo, também foi denunciado por formação de quadrilha, pois de acordo com a denúncia, teria mantido contato com outros acusados para trazer o caminhão roubado a Maringá."O caso foi tratado pela
polícia local como mero
crime de receptação"
Laércio Januário de Almeida
Promotor de Justiça
O Gaeco apresentou, ainda, denúncia de receptação contra Everaldo Correa, que adquiriu veículo roubado dos outros acusados.
Durante a operação, três dos acusados chegaram a ser presos temporariamente e foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas empresas ACP Auto Cabines e Paraná Motores. A reportagem tentou contato com as empresas, mas não conseguiu falar com nenhum dos acusados.
Prevaricação
O Gaeco ofertou denúncia de prevaricação contra os investigadores Paulo Ferreira e Everaldo Fernandes, da Polícia Civil de Maringá.
"Embora não se tenha demonstrado vínculo direto ou corrupção policial, eles freqüentavam as empresas e mantinham contatos com os empresários e funcionários denunciados", diz o promotor.
A reportagem conseguiu falar com Fernandes. Ele afirmou que se algum dia esteve numa das empresas foi para realizar o trabalho policial.
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