quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Prejuízo nos EUA provoca 60 demissões no Friboi em Maringá

A globalização da economia deve motivar, hoje, a demissão de pelo menos sessenta trabalhadores do Frigorífico Friboi de Maringá, pertencente ao grupo JBS, o maior do mundo no ramo de alimentos.
A direção da empresa não quis falar sobre o número exato, mas divulgou nota explicando que os desligamentos, que já haviam ocorrido em unidades de São Paulo e Mato Grosso do Sul, são resultado de uma reestruturação organizacional.
A medida, a ser estendida para todo o Brasil, foi provocada por um prejuízo de R$ 180,8 milhões na unidade americana Pilgrim’s Pride, no segundo trimestre de 2011. A subsidiária dos EUA vendia bois para entrega futura, quando a crise internacional derrubou o preço do boi.
A solução imediata, para evitar complicações orçamentárias, foi desativar os curtumes de Franca (SP), Aguaí (SP) e Campo Grande (MS), com mais de mil funcionários demitidos. Na época, o presidente da JBS, José Batista explicou que a companhia iria "reduzir o ritmo dos investimentos, enquanto termina a integração dos projetos e busca mais ganhos de sinergia".
E anunciou desligamentos em unidades de Goiás, Minas Gerais e Ceará.
Ontem, um funcionário do Frigorífico Friboi, de Maringá, informou a O Diário, que estavam sendo preparadas as demissões de sessenta funcionários, além do fechamento de 150 postos de trabalho, que seriam anunciadas, "de surpresa" hoje. A assessoria da empresa, em São Paulo, disse que não poderia falar em números, mas confirmou a "reestruturação".
A transferência do abate e desossa de Maringá para Naviraí (MS) é uma das medidas anunciadas ontem


Nota
No início da noite a direção da empresa, no entanto, anunciou a suspensão integral das atividades da unidade de Presidente Epitácio (SP) e a transferência do abate e desossa, de Teófilo Otoni (MG) para Iturama e Ituiutaba, em Minas Gerais; de Maringá para Naviraí (MS); de Água Boa (MT) e Alta Floresta (MT) para Barra do Garças (MT); e Diamantino (MT) e Pimenta Bueno (RO) para Vilhena (RO). A empresa não falou sobre o número de demitidos e nem citou a crise da subsidiaria americana, preferindo responsabilizar a carga tributária brasileira.
"Com essa estratégia, a JBS concretiza mais um passo na captura de sinergias existentes entre as unidades no Brasil e espera elevar em pelo menos 5% a produção no País por meio da utilização mais eficiente da capacidade do parque industrial, sem alterar o atendimento aos clientes no Brasil e no exterior. A companhia espera gerar economias ao redor de R$ 200 milhões por ano, entre as reduções de custos e as eficiências fiscais", completa a nota.
Conglomerado
140 é o número de empresas que forma o Grupo JBS, fundado em 1957 em Anápolis (GO)

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