Ricardo Lopes
Policiais militares isolaram o local do acidente que atraiu inúmeros curiosos
Bernardino teve o corpo desmembrado ao ser atingido pela composição que seguia sentido leste-oeste. Após o atropelamento, o trem teria seguido viagem e arrastado partes do corpo por mais de mil metros. As circunstâncias do acidente ainda estão sendo apuradas por equipes da Polícia Militar.
Uma testemunha teria visto a vítima caminhando próximo a linha férrea minutos antes do atropelamento. Outras pessoas afirmaram que o homem estava entre os vagões e teria caído nos trilhos.
Na versão da empresa América Latina Logística (ALL), divulgada em nota à imprensa, o homem estaria entre dois vagões com o trem em movimento e teria caído sobre a linha férrea. Sem visão do posicionamento da vítima, o maquinista não teve como acionar os freios de emergência.
A ALL disse que "lamenta o ocorrido e reforça que, para evitar acidentes, colaboradores realizam campanhas de segurança orientando pedestres, ciclistas e motoristas dos cuidados necessários para cruzar a linha férrea, palestras nas escolas e campanhas de prevenção ao Surf Ferroviário".
Dois colegas da vítima confirmaram que Bernadino trabalhava na cancela na Rua Arlindo Planas, mas não souberam dizer se ele estava de serviço nesta tarde, embora trajasse as roupas habituais de trabalho. Eles relataram à reportagem de O Diário que Bernardinho teria entrado em depressão após a morte dos pais, ocorrida há cerca de um ano.
Luiz de Souza Brito, guarda municipal que trabalha na cancela da Avenida 19 de Dezembro, contou que Bernardinho reclamava muito da vida. Na opinião do também guarda municipal Jorge Francisco da Silva, o colega apresentava um "quadro de profunda depressão e deveria estar internado para tratamento".
Nenhum comentário:
Postar um comentário