domingo, 28 de agosto de 2011

Vereadores que mais faltam querem 21 vagas na Câmara

Apesar de a fiscalização dos serviços públicos e dos atos do Executivo ser uma das principais atribuições do vereador, ela não é uma obrigação.
A lei exige, apenas, que o parlamentar compareça às sessões e participe das comissões permanentes da Câmara, mas o último relatório do Observatório Social de Maringá (OSM), obtido com exclusividade por O Diário, revela que nem isso alguns vereadores têm feito .
Wellington: menos requerimentos


John: 50% de faltas na CCJ
Lanternas na apresentação de requerimentos, Wellington Andrade (PRP) e John Alves (PMDB) também são os mais faltosos tanto nas sessões ordinárias quanto nas comissões das quais participavam até a semana passada.No 1º semestre, John teve 25% de faltas e Wellington, 29%. Os dois querem aumentar para 21 o número de vereadores na Câmara, sendo John o principal articulador do projeto.
Ambos correriam o risco de cassação não fosse uma alteração no Regimento Interno da Casa, feita em junho de 2010. Antes, as faltas – que não podem passar de 33,3% – eram medidas pela participação nas votações. Do total de projetos votados este ano, John e Wellington não participaram de 46% e 36%, respectivamente.
"Tem vereador que teria ainda mais faltas se tivéssemos considerado o horário de início das sessões", comentou o integrante do OSM, Fernando Otero, referindo-se a Wellington.
Apenas em junho deste ano, o vereador maringaense mais votado em 2008 chegou atrasado, após o início da ordem do dia, em três ocasiões.
Nas comissões, o levantamento do OSM revela uma displicência ainda maior. No primeiro semestre, Wellington faltou a dez reuniões seguidas da Comissão de Políticas Gerais (CPG), enquanto o limite é de três faltas consecutivas ou seis intercaladas. Irregularidade que deveria ter sido denunciada pelo presidente da CPG, no caso, Bravin Filho (PP).
Foi o que fez o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Zebrão (PP), diante de seguidas faltas de John às reuniões da comissão.
Na sessão da última terça-feira, no plenário, Zebrão cobrou que o presidente da Casa, Mário Hossokawa (PMDB), tomasse providências.
Zebrão e John bateram boca e o peemedebista abandonou a CCJ. No decorrer da semana, Wellington fez o mesmo, porém, sem reclamações.

Ação judicial
Reportagem de O Diário, de março deste ano, mostrou que as atas das reuniões dessas comissões eram peças de ficção. Os vereadores não iam, mas na ata constava a presença de todos os membros e os projetos que eles teriam aprovado. A reportagem resultou em uma ação civil pública.
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