Na tragédia, ela perdeu a perna direita. Sofreu muito, mas o drama não lhe tirou as forças de buscar uma nova vida e foi no vôlei paraolímpico que a jovem obteve reabilitação física e reintegração social. Hoje, a maringaense é uma das estrelas da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei Paraolímpico.
João Paulo Santos
A atleta Gislaine Milani se dedica ao
vôlei desde novembro de 2010
Não foi fácil para ela chegar à seleção brasileira de vôlei. Antes, teve que superar todo o trauma e repensar a vida. Foi por meio de colegas da Associação Maringaense dos Amputados que recebeu o convite para integrar a seleção.
Nove meses após o acidente, ela começou a treinar no time de vôlei masculino, pois em Maringá não existe equipe feminina. Em dezembro, fez teste para a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei Paraolímpico. Uma vez por mês, Gislaine vai a cidade de Suzano (SP) para treinar com a equipe . "O objetivo maior são as Paraolimpíadas de 2012", anuncia.
Gislaine diz que o esporte paraolímpico no Brasil precisa de apoio. Além disso, as equipes femininas são raras. "As mulheres são mais retraídas, têm vaidade. Em Maringá, há pelo menos dez mulheres amputadas", observa.
Gislaine diz que é preciso patrocínio. "O esporte paraolímpico é marginalizado, mas para a Seleção Brasileira é um pouco mais fácil conseguir patrocínio".
A equipe maringaense tem o apoio logístico da prefeitura municipal, mas depende de promoções para pagar outros gastos. "As empresas deveriam investir mais", diz.
Gislaine está em processo de recuperação e faz exercícios para usar uma perna mecânica. Por enquanto, usa uma cadeira de rodas. Antes do acidente, ela atuava como assistente financeiro no Grupo M.A.Falleiros, no ramo de construções. A atleta diz que ainda não voltou ao trabalho. Ela cursa o último semestre de administração na Faculdade Maringá.
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