quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Uma em cada 7 gestantes conclui pré-natal pelo SUS em Maringá

Só 14% das gestantes em Maringá concluem o pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O índice, considerado baixo em comparação com as médias paranaense e nacional, é referente ao ano de 2010. No ano passado, das 1.684 grávidas que aderiram o pré-natal pelo SUS, 246 terminaram todas as etapas do atendimento, segundo dados são do Programa Nacional de Humanização do Parto do Ministério da Saúde.
Ter o acompanhamento do médico durante a gravidez é importante porque auxilia na prevenção e no diagnóstico precoce de doenças da mãe e do bebê. São com exames e consultas que se descobrem pré-eclampsia, toxoplasmose, rubéola, hepatites B e C, diabetes gestacional, infecção por HIV, infecção urinária, anemia e má formação do feto.
"Com os exames iniciamos o tratamento logo e impedimos que aconteçam complicações no transcorrer da gestação", diz o ginecologista e obstetra Waldemar Puzzi Junior, médico do Programa Saúde da Família (PSF).
É no pré-natal que o médico descobre uma das doenças mais graves da gestação: a eclâmpsia, que pode levar ao parto prematuro, insuficiência renal, hemorragia interna e convulsões da mãe e morte do feto.
O ginecologista Yassuhiro Murassaki, também médico do PSF em Maringá, conta que assim que terminou a especialização se mudou para o interior onde atendeu uma gestante com a doença.
"Era uma cidade pequena e na época ninguém fazia pré-natal". O parto teve de ser feito às pressas e a mãe, de 18 anos, teve insuficiência renal, precisou de hemodiálise e só após 40 dias teve alta.
Foi depois desse atendimento de urgência que Murassaki ajudou a implantar o pré-natal no postinho da cidade nos anos 80. "Ainda demorou 5 anos para a gente colocar na cabeça do povo que o pré-natal era importante. Vinha gente de longe e o marido trazia a gestante de moto para fazer o pré-natal. Era muito gratificante para a gente e a partir daquele momento as intercorrências de gravidez acabaram."
Na opinião de Murassaki, a explicação para o baixo índice de gestantes que concluem o pré-natal pelo SUS em Maringá estaria na falta de notificação ao governo federal. "A mãe conclui as consultas e os exames, mas às vezes o posto de saúde não manda as informações para o Ministério da Saúde."
Rafael Silva
Maria Jacinto, que está prestes a ter a primeira filha: pré-natal para ter uma gravidez mais tranquila
Risco
A mulher que não faz o acompanhamento médico ou interrompe o pré-natal coloca a própria saúde e a do bebê em risco. "Não tem justificativa para a paciente não fazer o pré-natal em Maringá", diz Puzzi Junior. "Há dezenas de postos e hospitais de referência que auxiliam as gestantes."
As agentes comunitárias de saúde, que integram as equipes do PSF, também atuam para que nenhuma grávida fique sem acompanhamento.
Nas visitas às residências, elas cobram se a gestante está com as consultas do pré-natal em dia e encaminham as pacientes para o posto mais próximo de casa. Médicos recomendam que as mães façam ao menos seis consultas durante a gravidez e mais uma até 30 dias após o parto.
Puzzi considera essencial que a futura mãe faça consultas de pré-natal em todas as etapas da gestação. "Todas as fases são importantes e em cada uma delas podemos diagnosticar situações diferentes. No meio da gestação é comum a mãe ter infecção urinária. E no fim, o médico tem de ficar atento à insuficiência da placenta, situação que interrompe o envio de sangue e nutrientes para o bebê", exemplifica.


Responsabilidade
Grávida de 9 meses da primeira filha, a estiticista Maria Madalena Jacinto, 24 anos, começou o pré-natal assim que soube que esperava um bebê.
"Minha família e o próprio ginecologista que eu ia todo ano disseram para fazer o acompanhamento", conta. "Foi importante fazer porque é nas consultas que você tem o controle da pressão e faz vários exames para ter uma gravidez tranquila."
Maria Rita deve nascer de parto normal até a primeira quinzena de setembro. " "Os exames mostraram que está tudo bem comiigo e com o bebê."
Saiba mais

Um comentário:

  1. Olá blogueiro,

    A Hepatite B é uma doença silenciosa que, em sua forma crônica, atinge mais de dois milhões de brasileiros. Apesar de ser uma doença comum, nem todos conhecem as formas de transmissão ou prevenção, como a vacina, que está disponível nos postos de saúde. Para diminuir os riscos e consequências da Hepatite B, precisamos reforçar a divulgação das informações básicas. Por isso, contamos com sua ajuda. Entre em contato para receber todo o material da campanha!

    Muito obrigada,
    Ministério da Saúde
    comunicacao@saude.gov.br

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