O empresário Edson Luiz Campagnolo, de Capanema, é o novo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). O candidato da chapa de situação Fiep Independente foi eleito com 69 votos, quase 80% do total. O secretário estadual licenciado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul e candidato da oposição pela chapa Nova Fiep, Ricardo Barros, recebeu 21 votos. Cinco votos foram impugnados.
A votação foi aberta ao meio-dia e encerrada às 18h. Dos 99 sindicatos, 96 foram considerados aptos a votar e 95 compareceram para registrar seu voto. Três horas antes do final da eleição, já havia sido alcançado o quórum de 64 sindicatos necessários para validar a eleição realizada na tarde desta quarta-feira (3) na sede da entidade, em Curitiba. A contagem dos votos foi feita na sala da presidência da Fiep e acompanhada pelos dois candidatos a presidência. A apuração começou com mais de uma hora de atraso e, antes mesmo do fim, já dava dava a vitória a Campagnolo.
"Com esse resultado, mantemos a Federação independente, nas mãos dos industriais do Paraná. Já esperávamos esse número expressivo de votos por conta do trabalho que fizemos", declarou o presidente eleito sobre ampla vantagem de votos, mas acrescentando que agora pretende deixar a votação de lado e trabalhar pela união da Federação. "Vamos trabalhar para os 99 sindicatos que formam a Federação das Indústrias e para as indústrias paranaenses, a fim de contribuir para o desenvolvimento do Paraná. Houveram alguns conflitos durante a campanha eleitoral, porém isso agora é passado", garantiu Campagnolo que como presidente da Fiep vai administrar recursos da ordem de R$ 450 milhões, mais do que a arrecadação de 393 dos 399 municípios do Estado.
Vencida a eleição, Campagnolo afirmou que sua primeira ação como presidente será buscar a união do setor industrial paranaense. Outra ação imediata é estreitar o relacionamento com o governo do Estado. "Temos que trabalhar unidos pelo desenvolvimento do Paraná", declarou o presidente eleito. Ele disse também que pretende honrar a promessa de campanha e promover mudanças no estatuto da entidade.
Mesmo derrotado nas urnas, em entrevista por telefone minutos após o encerramento da apuração, Ricardo Barros afirmou estar satisfeito com os votos recebidos e descartou a possibilidade de pedir a impugnação da eleição. "O resultado representa o desejo da maioria e deve ser respeitado. Nós representávamos uma parcela do empresariado que estava insatisfeita, mas acabamos derrotados. Apesar disso me sinto vitorioso por ter conseguido disputar a eleição, por não ter tido a candidatura impugnada por manobras políticas", declarou.
Ricardo Barros, no entanto, criticou o sistema de votação e o estatuto da entidade. Ele disse discordar do voto secreto e adiantou que cobrará do novo presidente as mudanças estatutárias prometidas em campanha. "Promover mudanças no estatuto era um compromisso que eu havia assumido em campanha e vou continuar lutando por isso", reforçou o candidato da oposição, que também quer explicações da diretoria da Fiep a respeito da suspeita de câmeras escondidas na sala onde estava a urna.
Questionado sobre o assunto, Campagnolo minimizou o incidente. "O fiscal da chapa de oposição achou que pudesse haver alguma câmera nas televisões que ficam na sala e pediu que as mesmas fossem cobertas. Foi só isso, mas se houver alguma dúvida, a sala está lacrada e poderá ser avaliada", finalizou.
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