sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Em Maringá, franquias faturam R$ 96,7 milhões

Ivan Amorin
A Feira será o primeiro evento no Parana, com a chancela da ABF

O setor de franquias registrou um faturamento de R$ 96,7 milhões e empregou diretamente 2 mil pessoas em Maringá no ano passado. É o que revelam os organizadores da Maringá Franchise Business, feira a ser realizada nos dias 28 e 29 de outubro, no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, com 73 expositores e público estimado entre 5 e 10 mil visitantes. De acordo com o organizador, Takao Sato, será o primeiro evento do gênero a ser promovido no Paraná, com a chancela da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Hoje, Maringá tem quatro empresas franqueadoras - aquelas que cedem as marcas delas para investidores abrirem filiais (as franqueadas). De acordo com o Sebrae-PR, muitas outras se preparam para adotar esse modelo de negócios.
Segundo levantamento da ABF, em 2010, o segmento de franquias cresceu 20,4%, em relação a 2009. O faturamento das empresas chegou a R$ 75,987 bilhões e o número de redes em operação no País aumentou 12,9%, chegando a 86.365 unidades. Surgiram 212 novas redes de franquias e o segmento fechou o ano com 777 mil empregos diretos.
Keller esteve ontem em Maringá, para o lançamento da feira e ressaltou que a participação de cidades do interior cresce no universo das franquias brasileiras. "Cidades do interior ganham lojas de todo o tipo de franquia, inclusive aquelas voltadas para as classes A e B, que antes só se encontravam nas capitais", acrescenta.
O gerente da Regional Noroeste do Sebrae-PR, Luiz Carlos da Silva, afirma que a procura de empresários que tem vontade de se tornar franqueadores é grande. "Todo empresário precisa de um plano de negócios. O franqueado já ingressa na atividade com essa ferramenta", comenta. O consultor diz que, na média, as franquias têm uma sobrevivência de mercado superior à média das empresas. "Mas não basta apenas aderir à franquia. É preciso se preparar para o mercado como qualquer outro empresário", frisa.
O maringaense Bertulino Furquim de Campos Neto, proprietário de um restaurante de comida baiana, quer se tornar um franqueador. Depois de dois anos em estabelecimento próprio, ele abriu uma unidade em um shopping center, para testar o modelo de negócio em um ambiente próprio para franquias. "Diferente do meu restaurante, no shopping eu não preciso de mesas, cadeiras ou garçons", explica.
A ideia de Campos será apresentada ao mercado durante a Maringá Franchising Business. Ele espera franquear unidades no noroeste do Estado. "Meu primeiro passo será o Paraná, depois o Sul do Brasil. Mais para frente, quero levar para o exterior", conta o empresário, que já recebeu um convite para abrir unidade em Lisboa. "Minha dificuldade para romper fronteiras é conseguir matéria-prima, como o azeite de dendê, farinha de mandioca e o camarão seco defumado, que eu compro diretamente de uma fazenda da Bahia", diz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário