sexta-feira, 12 de agosto de 2011

IAP embarga depósito e dá R$ 16 mil em multas



Ricardo Lopes
Dois fios de arame separam os resíduos; depósito está na rota de pousos e decolagens do aeroporto
Depois de ser embargado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, um depósito irregular de resíduos sólidos, situado nas proximidades do distrito de Floriano, em Maringá, foi autuado, embargado e multado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Alem da área ter sido embargada e impedida de receber qualquer atividade até o fim do processo administrativo em curso no IAP, foram impostas 3 multas aos proprietários: uma de R$ 5 mil, pela supressão da vegetação do local, entendida pelo instituto como em fase de recuperação; outra de R$ 10 mil, pela disposição inadequada dos resíduos; e uma terceira, de R$ 1 mil, pela operação sem licença ambiental.
O processo de licenciamento da área também foi suspenso. O material, entretanto, continua depositado na área de 20 mil metros quadrados, localizada na zona rural da cidade, cercado por uma frágil porteira com dois fios de arame sugerindo que não se avance para o interior da área.
O escritório local do IAP informou nesta semana à Diretoria de Controle de Recursos Ambientais, em Curitiba, que o depósito se encontra na rota de pousos e decolagens do aeroporto Silvio Name Júnior, o que pode inviabilizar uma futura licença para aquela área, que está a menos de 5 quilômetros da pista.
Depois da autuação ambiental, o processo será encaminhado à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente para a averiguação se houve ou não violação à lei dos crimes ambientais.
Fábrica de adubo
O terreno pertence ao empresário Luiz Flávio Porto e está cedido para a empresa Organopar Comércio de Fertilizantes e Máquinas, de Cruzeiro do Sul, e administrada pela esposa dele, a engenheira agrônoma Simone Altoé Porto. Segundo ela, na área, será instalada uma unidade de produção de adubos a partir da decomposição de resíduos provenientes de empresas agroindustriais.
No local, estão depositados cinzas de caldeiras, sobras de palha de soja (a casquinha de soja), resíduos de frigorífico, de abatedouros de aves e bagaço de cana. Todos estes materiais orgânicos que seriam transformados em adubo orgânico. Eles negam que o terreno receba resíduos com metais pesados, que são poluentes.
O material continua depositado no local e não foi coberto com lonas plásticas como determinado pela fiscalização da Sema, mas a máquina que operava no local foi retirada dali. Ontem, a reportagem de O Diário tentou entrar em contato com os responsáveis pela área, mas os celulares estavam desligados.
Quantidade
300 toneladas de resíduos sólidos orgânicos estão depositados no local, perto de Floriano

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