terça-feira, 2 de agosto de 2011

15ª Regional de Saúde em Maringá é 2ª no desperdício de vacina

No primeiro semestre, foram 20 ocorrências de perdas na 15ª Regional
A 15ª Regional de Saúde em Maringá é vice-campeã na frequência de desperdício de vacinas no Paraná e fica atrás apenas de Londrina. As duas regiões só empatam em primeiro lugar quando a perda é causada pelos funcionários dos postos de saúde, que contaminam as ampolas, deixam os frascos em temperatura ambiente ou se esquecem a porta da geladeira aberta, por exemplo.
Nas 30 cidades da 15ª, foram aplicadas no primeiro semestre de 2011 202.794 doses. A perda chegou a 6.922. O desperdício é provocado principalmente por falhas nos refrigeradores que armazenam as vacinas. Em Londrina, a falta de energia elétrica é a causa mais frequente das perdas. O Ministério da Saúde considera evitável a perda de doses que acontecem por defeitos ou falhas nos equipamentos, já que geralmente os problemas estão relacionados à falta de manutenção .
As vacinas são sensíveis à luz e à temperatura e precisam ser mantidas refrigeradas o tempo todo entre 2ºC e 8ºC. Em caso de defeito no refrigerador ou falta de energia por mais de 8h, as doses correm o risco de ir para o lixo. Elas só se mantêm conservadas por até 8h nessas situações quando a geladeira estiver funcionando perfeitamente, com controle diário de temperatura.
Entre 2009 e 2010, os 30 municípios registraram 47 ocorrências de perdas de vacinas. De janeiro e junho deste ano, foram 20 ocorrências na área da 15ª, contra 35 em todo o ano de 2010.
Estrutura
As vacinas vêm de Curitiba, bimestralmente, em caminhão próprio da Secretaria de Estado da Saúde, e chegam congeladas a Maringá. Elas são armazenadas em uma sala no prédio da 15ª Regional de Saúde.
Vinte e três geladeiras com as doses têm a temperatura verificada duas vezes ao dia. Mensalmente, os municípios fazem a retirada dos frascos e os levam para as cidades em caixas térmicas. É nesse transporte que os problemas começam.
"Às vezes, eles vêm buscar a vacina de manhã e chegam no município no fim do expediente, mas os funcionários da sala de vacina só veem a caixa térmica no dia seguinte. Na maioria das vezes, as doses se perdem porque a caixa térmica armazena as vacinas por no máximo 8h", diz Ione Senandes, chefe da Divisão da Vigilância em Saúde da 15ª Regional. "As secretarias municipais precisam ter seriedade e compromisso no armazenamento e aplicação dos imunobiológicos".
Para Ione, a maior parte das perdas das vacinas pode ser evitada com a manutenção preventiva dos refrigeradores. "É um problema sério, tanto que já houve caso de município perder todo o estoque mensal de vacina".
EM 2011
Uma em cada 30 doses de vacinas aplicadas na 15ª Regional de Saúde vai para o lixo

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