quarta-feira, 3 de agosto de 2011

9 em cada 10 eleitores é contra aumento de subsídio

O maringaense entende que o subsídio pago aos vereadores, de R$ 6.312,63, está de bom tamanho. Para 90,7% dos eleitores, a remuneração deve permanecer sem reajuste ou até ter o valor diminuído. Apenas 8,5% admite que o aumento é importante para o bom desempenho da atividade parlamentar. O levantamento, da Alvorada Pesquisas, já havia revelado que 85,3% dos eleitores é contra o aumento do número de cadeiras no Legislativo.
Tanto o número de vereadores como o aumento do subsídio mensal devem entrar em votação este mês na Câmara de Maringá. Se a opção for pelo máximo, serão 23 vereadores e ganho de R$ 12 mil para cada um deles – exceto o presidente da Casa, que tem adicional de 50% –, a partir de 2013. Se isso ocorrer, o desejo popular será contrariado nos mais variados segmentos: sexo, grau de instrução, renda, localidade.
Questionados sobre qual seria o subsídio (tecnicamente, legisladores não recebem salário) ideal para o execício da função, 79% apontou a quantia de R$ 5 mil, ou seja, R$ 1,3 mil a menos por mês. Feita a vontade do povo, a economia com a remuneração dos vereadores seria de, no mínimo, R$ 234 mil por ano – considerando um cenário com 15 vagas.
Dos 600 entrevistados, o porcentual contrário ao aumento é maior entre as mulheres e em pessoas com ensino superior completo. Mais de 92% desse estrato social não quer que o vereador ganhe mais. Em qualquer faixa etária e, independentemente da renda do eleitor, o porcentual de favoráveis a um subsídio maior ficou sempre abaixo dos 12%.
Reclamações
Na primeira sessão após o recesso, o valor do subsídio apareceu no discurso de alguns vereadores. John Alves (PMDB), o mais exaltado, atacou as entidades que defendem 15 vagas. Segundo ele, muitos daqueles que cobram um número menor de vereadores sonegam milhões em impostos por ano. "Nós, vereadores, também recebemos as coisinhas [informações sigilosas] dos outros aí fora [em off]".
Um dos primeiros a defender a Câmara com 15 e sem reajuste do subsídio, Paulo Soni (PSB) diz que pode mudar de opinião após os adesivos distribuídos pela Igreja Católica (e entidades) – ofensivos, na avaliação dele e de outros vereadores – contra o aumento de vereadores. Na opinião de Soni, um subsídio menor, ou até mesmo a inexistência de uma ajuda de custo mensal, seria prejudicial para o Legislativo. "Eu consigo ser vereador sem subsídio, mas uma pessoa pobre não consegue", disse Soni.
Dos 15 representantes, 11 adiantaram a O Diário que votarão a favor do aumento do subsídio. Para sete deles, R$ 9,5 mil é o suficiente.
A novidade no quadro é Humberto Henrique (PT), que defendia essa reposição salarial e agora fala na permanência do subsídio em R$ 6,3 mil. O único a defender redução do valor é Manoel Sobrinho (PC do B), que quer para os vereadores remuneração equivalente a de um professor.
Placar na câmara

O que dizem os eleitrores

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