quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Em 86,5% dos lares, mulher define consumo

Em 86,5% das residências maringaenses com mulheres, são as representantes do sexo feminino as responsáveis por tomar as decisões de compra. Essa é uma das revelações de uma pesquisa inédita no município, encomendada pelo Grupo O Diário, para traçar o perfil de consumo, os desejos e hábitos da mulher de Maringá. Os dados preliminares são surpreendentes.
As mulheres são chefes de família em apenas 29,5% dos lares. Mesmo com todo o avanço das representantes do sexo feminino no mercado de trabalho, elas ainda não estão satisfeitas. A pesquisa aponta que 52,2% das maringaenses acreditam que as mulheres de antigamente eram mais felizes.
Em geral, elas consideram que Maringá é uma boa cidade para se viver. Para 91,5%, o município é considerado um centro urbano moderno.
Os dados municipais complementam o retrato traçado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), da Presidência da República. De acordo com perfil, a mulher se destaca na nova classe média, formada por 95 milhões de brasileiros.
No segmento, 51% são mulheres, com mais de 25 anos (63%), brancas (52%) e urbanas (89%). No segmento, onde a renda familiar média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais, a maior parte tem trabalho registrado em carteira (53%).

Necessidades
A engenheira de produção Vanessa Emerick Pires, 28 anos, ilustra bem o perfil da mulher maringaense: decide a maior parte das ações de consumo em casa e tem escolaridade acima da média, com duas pós-graduações concluídas. Vanessa é casada há três anos e não tem filhos. No orçamento familiar, estimado em 12 salários mínimos por mês, ela responde por 40% da renda.
Para Vanessa, ao conquistar a independência financeira, a mulher apenas adicionou mais uma tarefa. "Só aumentou uma função, porque continuamos a ser responsáveis pela casa e pela família", destaca. O marido participa das decisões de viagens e investimentos, mas nos assuntos de casa, a resposta final é dela. "Nesses três anos de casamento, acho que ele foi sozinho ao mercado só umas duas vezes", revela.
Douglas Marçal
Grupo O Diário reúne empresários para apresentar os dados preliminares da pesquisa realizada na cidade
Na opinião da engenheira, as empresas ainda precisam compreender melhor as necessidades das mulheres. "A mulher é mais dedicada e se qualifica mais, mas também tem mais preocupações com filhos, famílias e precisa de tempo durante a gravidez. Nem todas as empresas entendem isso", avalia Vanessa, que já foi responsável por uma empresa com 300 costureiras.
O que querem as mulheres? Para essa famosa pergunta, a secretária Flávia Marutti, 19 anos, tem a resposta na ponta da língua.
"Independência", rebate. A jovem não pensa em filhos e concentra toda a energia dela na carreira. Flávia estuda para ser comissária de bordo. Se conseguir colocação em companhias aéreas, o salário crescerá quatro vezes e ela realizará um sonho de infância. "Sempre quis ser comissária, viajar bastante e conhecer muitos lugares diferentes", conta.
A jovem acredita que o perfil dela corresponde ao da maioria das maringaenses. "São mulheres que se concentram bastante no lado profissional, mas nunca deixam de cuidar da aparência", comenta. Só com o cabelo, Flávia gasta R$ 80 por semana. "Na minha área de atuação, a apresentação pessoal é muito importante", justifica.
Maioria
52% é o porcentual da população feminina no total de habitantes de Maringá

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