quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Operação da Polícia Civil visa desarticular traficantes e desvendar atentado na Câmara de Maringá

Uma grande operação envolvendo 36 investigadores da Polícia Civil de Maringá, Apucarana e Curitiba, além de cinco delegados, estão concentrados desde as 6h desta quarta-feira (10) para cumprir oito mandados de busca e apreensão e um de prisão em Maringá e Sarandi. A intenção é desarticular três grupos criminosos envolvidos com tráfico de drogas e homicídios nas duas cidades.
Segundo o delegado chefe da 9ª Subdivisão de Polícia Civil, Osnildo Carneiro Lemes, os investigadores esperam encontrar também a pistola 9 mm utilizada no atentado contra a Câmara de Maringá, no dia 29 de julho. "Temos indícios que apontam que integrantes da família Batistiolli podem estar envolvidos no crime", ressalta.
Quadrilhas
Integrantes da família Batistiolli, acusados de formar uma grande quadrilha que comanda o tráfico de drogas na cidade, estão na mira dos policiais. No início de julho, o líder do grupo, Benedito Batistiolli, foi preso pela Polícia Federal. Ele foi acusado de movimentar mais de 150 kg de droga por mês em Maringá.
"Sabemos que familiares dele continuam a atuar na cidade. Um dos mandados de prisão temporária que temos é para prender o filho dele, Cassiano Aparecido Batistiolli. Os de busca e apreensão visam encontrar provas da prática de tráfico de drogas", explica Osnildo Carneiro Lemes.
Os policiais focam a operação em três grupos criminosos: a família Batistiolli e um outro ligado a ela, além de uma quadrilha independente que atua em Sarandi. Sete mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos em Maringá e um em Sarandi.
Homicídios
Cassiano Batistiolli é o principal acusado de matar Silvana Alves Cordeiro. Ela foi assassinada em sua residência, no Jardim Alvorada, no dia 13 de julho deste ano, na frente dos filhos. Sua filha, ao tentar defendê-la, acabou sendo baleada na perna.
Conforme a Polícia Civil, o crime foi motivado pois a vítima teria agredido a mulher de um traficante ligado ao grupo. Ela também devia R$ 200 aos traficantes.
"Esses grupos são responsáveis pela maior parte dos homicídios ocorridos em Maringá e região. O tráfico também é o motivo de quase todos os furtos e roubos na cidade, por isso é tão importante combatê-lo", afirma Carneiro.
Operação
As investigações para a realização desta operação acontece há cerca de dois meses. Participam da operação policiais civis de Maringá e Apucarana, agentes do Comando de Operações Policiais Especiais (Cope) de Curitiba, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá e Divisão Policial do Interior.

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