Soares chegou a Maringá às 18h de quarta-feira, passou 20h no pátio de um posto de combustíveis e desde o início da noite de quinta-feira estava na fila em frente à Bunge, na Avenida Melvin Jones, zona oeste da cidade, junto com outros caminhoneiros. "Eles [Bunge] disseram que não há vagões suficientes armazenar os grãos. Por isso a demora e a fila", contou Soares.
Na fila que se formou em frente à empresa, outro caminhoneiro, José Marques Guilherme, aguardava há 10h e estimava que teria mais 4h de espera pela frente. "Eu venho até aqui direito e sempre é demorado", disse ele. "Da última vez, esperei 30h".
Quem aguarda do lado de fora do portão, não encontra banheiro e nem um canto para descansar. "Sem contar que lá fora a gente fica a mercê sabe Deus do que, né", conta Soares.
Além do transtorno para os caminhoneiros, o acúmulo de veículos atrapalha o trânsito na avenida, que é mão dupla.
Douglas Marçal
Demora para transbordo prejudica caminhoneiros e trânsito na via
"Devido ao pico da safra de milho e à queda de barreira na linha férrea que liga a região ao Porto de Paranaguá, houve aumento no fluxo de veículos, que está previsto para ser regularizado até domingo [amanhã]", informa a nota.
A empresa explicou também que a unidade local tem estrutura para atender caminhoneiros durante a espera, como banheiros e estacionamento.
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